O advogado Juliano Trevisan, de 27 anos, foi barrado na entrada de uma boate em Curitiba nesta semana. O funcionário do estabelecimento alegou que ele “parecia um segurança” e que iria ser confundido no interior do local. O homem negro estava vestindo uma camisa social preta e uma gravata da mesma cor.
“O funcionário me olhou dos pés a cabeça e informou que pelo meu estilo, com ‘a roupa que estava usando eu não poderia entrar’. (…) Na hora a situação me chocou tanto, que fiquei bobo. Não quis discutir, não quis ‘acabar com minha noite e de meus amigos’, então simplesmente falei que iria embora”, contou o advogado.
“Me sinto humilhado, olhei mil vezes minha roupa, até entender que o problema não é minha roupa, não é meu estilo, não sou eu. E preciso sim, expor esta situação a vocês e demonstrar qual grave ela é, e o que ela representa sacialmente falando nos dias de hoje ‘parecendo um segurança’”. continuou.
O bar fez uma retratação pública no Facebook, declarando que a atitude dos funcionários foi errada e que não condiz com o que o estabelecimento acredita. “Aprendemos muito com isso e estamos trabalhando para sempre oferecer um local seguro e justo, com a descontração de sempre. Que seja um lugar onde vocês se sintam à vontade para expressar a essência de cada um: tudo com base no respeito, na diversidade e na tolerância”, diz trecho do comunicado.
Varela Notícias