No dia 03 de agosto, a próxima edição do Baile Quintas Dance Hall, realizado quinzenalmente no Barra 33 Eventos, traz o poder da linguagem corporal como tema principal. Com o foco na dança, DJ Raiz, DJ Pureza e Regivan Santa Bárbara, que formam o MiniStereo Público Sistema de Som, receberão a dançarina Natali Avila – representante e fundadora do Afro Ragga, grupo de dança que desde 2011 faz uma mistura de Dança Afro com o Dancehall. Natali vai esquentar a pista puxando alguns passos para o público acompanhar como um aulão. Na mesma noite, dois cantores da cena Reggae e Ragga de Salvador, Denison Dória e o Bruno Natty, se apresentarão no palco da casa.
O DANCEHALL
O Dancehall é um estilo musical popular jamaicano, globalmente influente. Uma vibrante cultura que mistura música, dança, moda e estilo de vida. Suas raízes são da periferia de kingston, em 1950 e popularizou-se na década de 70. No início eram os Deejays, Seletores, Engenheiros de Som tocando músicas americanas para depois dar lugar ao Reggae, rockystead, ska, dub e o dancehall, nos 80’.
A princípio era um estilo com estrutura musical enraizada no reggae e discurso menos religioso e político. Em meados dos anos 80′, o instrumental ficou mais digital, mais rápido e mais Dançante. Pelos anos 90′, encontros e combinações com os Rappers Norte Americanos fizeram ferver ambos os ritmos. Desde então, o Dancehall vem influenciando artistas em todo o mundo. Campeonatos de Dança, professores e coreógrafos espalhados em toda parte.
O dancehall conquistou o mundo, espalhando-se para os EUA, Reino Unido, Canadá, Japão, Europa, nos últimos 15 anos vem se fortalecendo no Brasil.
A DANÇA
Hoje, o Dancehall e seus passos ganham espaço internacional, podendo ser encontrados das mais variadas formas. Diversas crews de dançarinos se popularizam, criando e divulgando esses passos, juntamente com os deejays como Elephant Man e Beenie Man, que compõem músicas sobre os novos passos que surgem.
A Dança Dancehall, passa mensagens bem diretas, que pelos próprios nomes já podem ser entendidas. Por exemplo, o “Tek Weh Yuhself” (algo como “Take to yourself”, traduzido do inglês em dialeto afro-jamaicano), em que se executam movimentos com os braços, como se estivesse puxando algo para si próprio.
Uma das principais difusoras desta linguagem é a francesa Laure Courtellemont, que em um momento de sua vida se apaixonou pelas danças de influência africana e passou a praticar, coreografar e pesquisar o Dancehall. Criou a marca Ragga Jam, nome designado para a sua técnica de ensino da dança, uma concepção pedagógica e visão coreográfica da cultura jamaicana. Através de cursos e workshops, ela forma professores e bailarinos em diversos países. No Brasil, já existem academias e estúdios com essa modalidade, com professores formados nas técnicas do Ragga Jam.
No Brasil a dança vem crescendo nas aulas de danças urbanas nas principais cidades do país.