As vendas de veículos subiram 1,9% em julho em comparação com as do mesmo período do ano passado. No mês passado, foram vendidas 184.800 unidades contra as 181.400 de julho de 2016. Na comparação com junho, houve queda de 5,2%, com a venda de 195 mil unidades. No acumulado do ano, foram licenciadas 1.204.260 unidades, o que representa alta de 3,4% ante as 1.164.940 do mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados hoje (6) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“As vendas do acumulado do ano, com leve crescimento, mostram estabilização, mais ou menos em linha com o que havíamos previsto nesses últimos meses”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Carlos Botelho Megale.
Segundo a Anfavea, a produção cresceu 17,7% no último mês, com 224.763 novas unidades ante as 190.612 de julho do ano passado. Em relação a junho houve aumento de 5,9%. No acumulado de janeiro a julho, foram produzidas 1.488.041 unidades, 22,4% a mais do do que no mesmo período de 2016. “Quando temos uma exportação adequada, nossa produção é reforçada. Essa produção tem ajudado a reduzir a capacidade ociosa das montadoras. Esse resultado de julho é significativo porque em junho tivemos algumas paralisações técnicas em algumas fábricas. Por isso, o crescimento é pequeno, mas mostra estabilização”, disse Megale.
Quanto às exportações, o mês de julho registrou queda de 2,4%, ao passar de 67.360 unidades para 65.722. Entretanto, na comparação com julho do ano passado, as vendas para comércio externo registraram aumento de 42,5% e no acumulado do ano, 55,3%, ao passar de 283.054 unidades para 439.586.
“As exportações continuam com boa tendência. Os números mais baixos no mês não são significantes, e o importante é a consistência que têm mostrado no acumulado do ano. Isso mostra que cada vez mais o nosso produto está tendo melhor aceitação principalmente nos vizinhos da América Latina e que os esforços em colocar produtos no mercado têm dado bons resultados. Tivemos recorde histórico no acumulado e estamos caminhando talvez para ter melhor resultado de exportações”, afirmou Megale.
Em valores, as exportações alcançaram US$ 1,384 bilhão em julho, 46,8% a mais do que no mesmo mês de 2016. Na comparação com junho, o crescimento foi de 1,3%. “Quando olhamos o acumulado de janeiro a julho, o crescimento foi de 52%. Conseguimos trazer para o Brasil US$ 8,792 bilhões, ficando acima da média histórica dos últimos 10 anos.”
Segundo os dados, o estoque está estável, em 217 mil unidades. “É um estoque levemente acima do ideal, mas nada que cause preocupação. Em geral, o mês de agosto tem mostrado bons resultados. Então, é natural que o estoque esteja preparado para a demanda”, acrescentou o dirigente da Anfava.
De acordo com Megale, no mês de julho houve leve crescimento do número de postos de trabalho no setor (0,2 %) . Entretanto, houve ajuste na base de 2017, com uma das empresas fazendo atualizações em seus números, o que influencia na base comparativa da entidade. A Anfavea informou que, em julho, 12.198 funcionários estavam em layoff e no Programa de Proteção ao Emprego (PPE).
Caminhões e máquinas agrícolas
No mês passado, as vendas de caminhões cresceram 7,5% ante junho, com a comercialização de 4.535 unidades. Já em relação a julho do ano passado, houve queda de 3,2% e, no acumulado do ano, queda de 14,1%. “Temos observado uma recuperação lenta neste setor ainda reflexo do baixo investimento em infraestrutura”, disse Megale.
Segundo a Anfavea, as vendas no setor de máquinas agrícolas e rodoviárias registraram queda de 3% com relação a junho e de 2,6% ante julho do ano passado, mas, segundo Megale, o que deve ser observado é o crescimento de 17,2% no acumulado do ano, quando as vendas chegaram a 25.268 unidades. “Não chegamos ainda à média desse período que, nos últimos 10 anos, foi em torno de 36,7 mil, mas o crescimento nos dá otimismo de que o setor alcançará bons resultados.”
Agência Brasil