Em apenas sete meses Salvador já registrou 86,64% de todos os casos de caxumba compilados no ano de 2016. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no ano passado, ocorreram 3.011 casos de caxumba na capital soteropolitana, contra os já 2.609 casos entre janeiro e julho de 2017. Já no Estado, o número registrado no período equivale a 72,2% do total de 2016. De acordo com informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, foram 3.867 casos registrados em 2016 na Bahia contra os 2.791 casos já compilados em 2017. A justificativa dada pelas secretarias para o número alto da doença é que a caxumba é sazonal, ou seja, se desenvolve mais intensamente em um período específico do ano. “Os casos acontecem todos os anos nesta época entre final de inverno e início de primavera”, afirmou a Sesab. De acordo com o infectologista da rede HapVida, Alfredo Passalacqua, a caxumba é “prevenível”. “A caxumba é uma doença contagiosa, que passa através de gotículas de saliva, e tem uma sazonalidade. Por isso, ela é uma doença ‘prevenível’ e faz parte do calendário de vacina. As pessoas podem se vacinar e algumas têm a necessidade de tomar o reforço”, disse. Como forma de prevenção, lugares aglomerados devem ser evitados. Os primeiros sintomas da doença são semelhantes ao de um mal-estar: dor de cabeça, indisposição e febre baixa. A característica específica da doença é o inchaço da glândula parótida, localizada entre o queixo e a orelha. O tratamento da doença é sintomático, tratando-se as dores e a inflamação. As pessoas infectadas, no período de pré-inchaço e durante o período de inchaço da glândula parótida, devem evitar frequentar locais de grandes aglomerações. De acordo com o infectologista, a recuperação costuma demorar entre sete a dez dias. Em casos mais graves, a caxumba pode desenvolver inflamação e inchaço em outras partes do corpo como pâncreas, ovários, seios, cérebro e testículos. No último caso há a remota chance de esterilidade do homem.
Bahia Notícias