O bebê símbolo da tragédia que atingiu Mar Grande e comoveu toda a Bahia seguia para uma consulta com o pediatra, em Salvador. Davi Gabriel, de apenas 6 meses, estava com a mãe, a avó e uma irmã quando a lancha Cavalo marinho I virou na baía de Todos os Santos.
Ele chegou a ser socorrido por um profissional do SAMU, mas não resistiu. Essa imagem do socorrista correndo com um Davi já desacordado nos braços se tornou símbolo da tragédia, que levou pelo menos outras 17 vidas, e tem sido compartilhada em redes sociais e aplicativos. A equipe médica tentou reanimá-lo por uma hora, mas não conseguiu. O coordenador do SAMU, Ivan Paiva afirmou que “apesar de todo o esforço da pessoa que tentou reanimar a criança, sem estar com colete, num mar agitado, a chance de sobrevivência nessa idade e nessa situação é praticamente zero”.
A tragédia de Davi lembra uma outra a ocorrida com Aylan, de três anos, o menino sírio que morreu numa praia da Turquia quando a familia tentavamfugir da guerra. Deitado de bruços na areia da praia de Bodrum, com uma blusa vermelha e bermuda azul ea imagem dele correu o mundo como símbolo da crise migratória e da indifierença que já matou milhares de refugiados na travessia da Turquia para a Grécia.
A imagem original do repórter fotográfico do jornal A Tarde Xando Pereira foi alterada e, nela, Davi ganhou asas.
