A prática de dança é mais benéfica para a saúde cerebral de idosos do que exercícios básicos, apontou um estudo realizado na Alemanha. Foram recrutados homens e mulheres saudáveis com idade média de 68 anos na cidade alemã de Magdeburg. Os voluntários foram divididos em dois grupos: um realizava treinamento de resistência com exercícios aeróbicos, enquanto o outro se dedicou a aulas de dança de diferentes ritmos. As atividades tinham duração de 90 minutos, inicialmente duas vezes por semana e depois semanalmente. Segundo o jornal O Globo, os pesquisadores apontaram que, após 18 meses, os resultados do grupo que se dedicou à dança eram melhores em testes de equilíbrio, quando comparados aos outros voluntários. A relação mais importante apontada pelo estudo, no entanto, está ligada ao hipocampo, uma região do cérebro ligada à memória e navegação espacial. “Os exercícios têm o efeito benéfico de frearem ou mesmo reverterem o declínio nas capacidades física e mental que vêm com a idade”, afirmou a líder da pesquisa, Kathrin Rehfeld, do Centro Alemão para Doenças Neurodegenerativas e da Universidade Otto von Guericke. “Neste estudo, mostramos que dois diferentes tipos de exercícios físicos, dança e treinamento de resistência, aumentam o volume de uma região do cérebro que diminui com o tempo. Mas, em comparação, só a dança levou a mudanças comportamentais notáveis em termos de melhoras no equilíbrio”, acrescentou. Ainda assim, os pesquisadores admitem limitações da pesquisa, já que a amostra final foi pequena, com apenas 14 integrantes do grupo dos “dançarinos” e 12 dos “esportistas”.
Bahia Notícias