Muita gente confunde preguiça e depressão. Entretanto, quando a preguiça pode ser um sinal de depressão? O psiquiatra e consultor Daniel Barros explicou essa diferença no Bem Estar desta sexta-feira (8). A psicóloga especialista em neuropsicologia e desenvolvimento profissional Maitê Lourenço falou sobre a relação trabalho, estresse e depressão.
Na depressão não há graça em fazer as coisas – o que é bom fica indiferente, o que é indiferente fica ruim e o que é ruim fica intolerável. Isso porque a doença altera o entendimento sobre as coisas. Já a preguiça surge por outros motivos: a pessoa é calma e parece que é preguiçosa, ela precisa descansar, tem algum distúrbio do sono, problemas na tireoide.
A depressão tem um ciclo que se repete: ‘eu não faço nada, eu não tenho vontade’. Para interromper esse ciclo, é importante tentar fazer um pouquinho gradualmente, antes mesmo de ter vontade. Não espere a vontade vir para fazer. O fazer vem antes da vontade e é ele que quebra o ciclo.
Excesso de atividades
Outra coisa que pode levar a depressão é o excesso de atividades. Para conseguir olhar para a própria rotina e entender se está tudo bem, existe uma técnica simples que ajuda a diagnosticar e até tratar a depressão: o quadro de atividades.
A ideia é descrever em uma agenda semanal tudo o que está fazendo. A partir daí o objetivo é tentar equilibrar as atividades que dão prazer e as obrigações. Para dar certo é preciso colocar tudo desde a hora que acordou até a hora que foi dormir.
Depois de preencher o quadro, é hora de colocar estrela em tudo que dá prazer e um martelinho em tudo o que é obrigação ou realização. Se no final tiver mais obrigações do que prazer, o caminho é se presentear com momentos mais leves, de descontração.
G1