Nesta segunda-feira (25), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou recibos referentes aos pagamentos de alugueis do apartamento vizinho ao que o petista mora, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Os documentos datam de agosto de 2011 a dezembro de 2015. O Ministério Público Federal aponta que o imóvel faria parte de um suposto pagamento de propina da Odebrecht ao político.
De acordo com a denúncia, Glaucos da Costamarques, parente do pecuarista José Carlos Bumlai, comprou o imóvel com dinheiro da Odebrecht. O objetivo seria entregar o apartamento a Lula, que alugava o apartamento desde que assumiu a Presidência.
Em seu depoimento, Glaucos tinha dito à Justiça que só começou a receber os valores referentes ao aluguel a partir de 2015, apesar de ter declarado à Receita Federal que a família de Lula tinha quitado todos os valores desde 2011, quando firmou contrato com a ex-primeira-dama Marisa Letícia.
“Na ausência absoluta de qualquer elemento que pudesse dar sustentação à fantasiosa tese de que o Peticionário [Lula] teria sido beneficiado com recursos provenientes de contratos com a Petrobras, a Força Tarefa da Lava Jato elegeu artificialmente uma relação privada de locação entre o Sr. Glaucos da Costamarques (locador) e D. Marisa Letícia Lula da Silva (locatária), envolvendo o citado apartamento 121 do residencial Hill House, no principal assunto da ação e dos questionamentos apresentados a Lula durante seu interrogatório em 13/09”, disse a defesa do ex-presidente na petição que apresentou o documento a Moro.