Puxado por preços mais baratos dos grupos de alimentação e habitação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, variou 0,16% em setembro. No ano, o acumulado foi de 1,78%, bem abaixo dos 5,51% registrados em igual período do ano passado. Essa foi a menor inflação acumulada até setembro desde 1998, quando o índice ficou em 1,42%.
Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a inflação acumula variação de 2,54%, com uma ligeira alta em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o órgão, contribuiu para o resultado do mês a queda nos preços de alimentação e bebidas, que recuaram pela quinta vez seguida a 0,41%. Os preços de habitação também ficaram mais baratos, especialmente pela queda nas tarifas da conta de luz, que caíram, em média, 2,48%.
No caso da alimentação, que corresponde à maior parte das despesas das famílias, a queda foi causada pelos menores preços do tomate (-11,01%), alho (-10,42%), feijão-carioca (-9,43%),batata-inglesa (-8,06%) e leite longa vida (-3%).
Já no grupo habitação, a conta de luz puxou a queda, ficando 2,48% mais barata. Segundo o IBGE, a maior influência veio da mudança para a bandeira tarifária amarela a partir de 1º de setembro, representando uma cobrança adicional de R$ 0,02 a cada Kwh consumido.
Por outro lado, o grupo de transportes foi o grande responsável por impedir uma desaceleração maior dos dados de setembro. Isso foi ocasionado, principalmente, pelos maiores preços dos combustíveis, que subiram 1,91% diante de uma alta, em média, de 2,22% no preço da gasolina.
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