Desenvolvido pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe), o aplicativo SOS Chuva permite a previsão imediata de chuvas e tempestades. A ferramenta pode ajudar a população a se prevenir nos casos de eventos extremos. Até o momento, mais de 60 mil downloads foram feitos.
Disponível gratuitamente nas lojas online PlayStore (Android) e Apple Store (iOS), ele oferece funcionalidades como a possibilidade de aplicar filtros à pesquisa, para que o usuário obtenha avisos sobre tempestades nos minutos seguintes e em determinada distância. Além disso, é possível fazer alertas de chuvas.
“O objetivo principal do aplicativo é levar a informação do tempo diretamente ao usuário. Se a informação chega com rapidez, o usuário pode tomar a decisão”, afirma o pesquisador Luiz Machado, do Inpe.
Satélite
O SOS Chuva foi desenvolvido a partir das imagens fornecidas por um satélite geoestacionário, o GOES-16, que cobre toda a América do Sul. “O CPTEC recebe os dados desses instrumentos, processa as informações e disponibiliza os produtos meteorológicos, que podem ser acessados no aplicativo e no site do projeto. Os algoritmos e o conhecimento técnico usados para processamento foram aprimorados ao longo de anos por pesquisadores de excelência do Inpe”, explica o coordenador-geral do projeto SOS Chuva, Luiz Guarino.
Segundo ele, o conhecimento sobre as propriedades físicas das nuvens permitiu o desenvolvimento do aplicativo. “A base desta pesquisa é o radar de dupla polarização operando em Campinas por 24 meses, ou seja, duas estações chuvosas, para capturar eventos intensos de precipitação. Esses dados formam os alicerces do estudo dos processos físicos no interior das nuvens, aprimorando a previsibilidade em curto prazo, a detecção de severidade e a estimativa de precipitação com radar e satélite em alta resolução temporal e espacial”, acrescenta.
Além do radar em Campinas (SP), são usados equipamentos meteorológicos do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e do Centro de Meteorologia de Bauru (IPMET/Unesp). Com isso, os pesquisadores conseguiram a cobertura parcial dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. Por enquanto, apenas os relatos de chuvas podem ser visualizados em todo o Brasil.
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