Após a aprovação do relatório da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que indica o arquivamento do caso, aliados do peemedebista no Planalto afirmam que a prioridade deve ser pacificar a relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A informação é da coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. O parlamentar tem apresentado cotidianamente sua disposição para criticar integrantes do governo e as medidas da gestão, o que prejudica a tentativa de retomar a pauta econômica após a votação do relatório da denúncia no plenário da Câmara. O que está por trás dos atritos é uma disputa oculta em torno do comando da agenda pública do país até o final do próximo ano. A ala mais próxima a Temer no Congresso afirma que não seria possível nem mesmo encaminhar as medidas provisórias de ajuste fiscal com o clima atual. Maia já avisou que não receberá mais MPs. Deputados alinhados a Maia acreditam, por sua vez, que mesmo que vença no plenário, Temer estará muito fragilizado, o que aumentará ainda mais o poder do Congresso – isso impulsiona a rixa entre o presidente da Câmara e o da República.