Em crise interna e em crescente conflito com o “centrão” e com o PMDB, o PSDB caminha para eleger o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para presidir o partido. Segundo informações da coluna Painel, a ideia é salvar a própria candidatura do tucano à Presidência da República. Aliados do governador paulista acreditam que ele pode ser isolado ou ficar restrito a uma base de apoio insignificante caso terceirize a construção de alianças, degradando as relações entre a legenda e os outros integrantes do governo Temer. O esforço do PMDB para retirar Antonio Imbassahy (PSDB-BA) da Secretaria de Governo, que foi substituído pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB-RS), fragilizou ainda mais as relações entre os polos da base aliada. Com a operação peemedebista, a bancada tucana favorável à reforma da Previdência avisou que boicotaria a proposta caso o governo optasse por ser ingrato. Atualmente, a disputa interna do PSDB estava entre o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e governador de Goiás, mas os aliados de Alckmin avaliam que a sigla continuará dividida independente do resultado. Tasso já se reuniu com Alckmin nesta quinta (23) e a expectativa é de que ele libere o espaço para o paulista.