Segundo dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), notou-se um crescimento na quantidade da morte de mulheres por AVC entre 2010 e 2015, que é justamente o oposto do que está acontecendo com os homens.
Os acidentes vasculares cerebrais, popularmente conhecidos como derrames, são atualmente os principais responsáveis por mortes no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os maiores culpados pelo problema, estão a má alimentação, sedentarismo, estresse, tabagismo, alcoolismo, hipertensão, siabetes, colesterol alto e obesidade.
Apesar do número de mortes entre homens e mulheres por AVC em 2015 ter tido a diferença de apenas um caso, o que chama a atenção é que, enquanto há uma tendência de queda na curva masculina, na feminina a curva representa um crescimento significativo
Por trás da melhora dos homens estão as recorrentes campanhas de educação e conscientização a respeito dos fatores de rsco, no entanto, no caso das mulheres, talvez fatores culturais estejam por trás dos dados. Além das tarefas de casa, as mulheres passaram a ter atividades externas de trabalho”, opina Celso Amodeo, diretor da SBC. Um dado que comprova esse fato foi levantado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostrou, esse ano, que o sexo feminino trabalha quase oito horas a mais que o masculino por semana, se forem considerados os trabalhos doméstico e de escritório.
De acordo com o site da revista Saúde, existem outros possíveis culpados, como por exemplo o uso da pílula anticoncepcional entre as predispostas ao tromboembolismo.
Amodeo observa, entretanto, que a prevalência de derrames no Brasil é semelhante à observada em outros países. “Na China, os números são maiores ainda, devido ao grande consumo de sal, quase quatro vezes maior que o brasileiro”, comenta ele.
Bahia Notícias