O Ministério Público do Pará (MPPA) e a Polícia Civil do estado deflagraram nesta quarta-feira (6) uma operação que apura crimes ambientais que estariam ocorrendo por conta do funcionamento do aterro sanitário da cidade de Marituba, no interior paraense. A Operação Gramacho cumpre mandados em cinco municípios, incluindo Salvador e Feira de Santana. Em nota, o MPPA afirmou que mandados de prisão foram cumpridos na Bahia e no Pará. No entanto, o texto não deixa claro em quais municípios. Os presos pela operação são diretores da Guamá Tratamento de Resíduos Ltda., Lucas Rodrigo Feltre, Lucas Dantas Pinheiro, e Diego Nicoletti. A empresa pertence à Solvi Participações S/A, que presta serviços no aterro sanitário de Salvador. A juíza responsável pelo caso indeferiu o pedido de prisão preventiva contra o diretor-presidente da Solvi Participações S/A, Carlos Leal Villa e contra um diretor da Guamá, Eleusis Bruder di Creddo. No entanto, a condução coercitiva contra Villa foi autorizada. Investigações da Polícia Civil apontam que, em janeiro deste ano, a empresa responsável pela administração do aterro despejou chorume no solo sem impermeabilização, conduzindo o poluente diretamente para um igarapé que fica, em grande parte, no interior de uma unidade de conservação de proteção integral. Segundo a apuração, a medida foi motivada pela falta de lagoas para armazenamento de chorume. Ao todo, a operação cumpriu 5 mandados de condução coercitiva, 3 mandados de prisão preventiva, 16 mandados de busca e apreensão, além de mandados para proibição de contratar com o poder público, de ausentar-se do país e de garantir a manutenção da operação do aterro. Os indiciados serão responsabilizados por crimes de poluição atmosférica, poluição hídrica e construção de obras potencialmente poluidores sem licença ambiental. Os presos serão transferidos para o Pará nesta quinta-feira (7) quando deverão participar de audiência de custódia na Justiça Criminal de Marituba.
Bahia Notícias