O ex-ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, negou que tenha feito “movimentos pessoais” para deixar o PSDB, hipótese levantada à época em que o tucano não conseguiu articular dentro do próprio partido o arquivamento da primeira denúncia contra o presidente da República, Michel Temer. Na época, informações de bastidores sugeriam que Imbassahy tentou obter o controle do PMDB da Bahia, em meio às sucessivas denúncias contra os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, que comandam a sigla no estado. Apesar de negar a articulação pessoal, Imbassahy ressaltou que houve movimentações para que ele deixasse o PSDB. “Na verdade, eu não fiz nenhum movimento de mudança do PSDB, embora tenha havido algumas articulações nessa direção. Mas eu nunca fiz nenhum movimento. Existiram algumas articulações”, admitiu o tucano. Segundo o deputado federal, que fez a articulação política de Temer até o mês de dezembro, o governo enfrenta resistência para apreciar a reforma da previdência, porém deve conseguir aprovar a pauta. “A previdência precisa ser reformulada. Essa consciência está cada vez mais impregnada na sociedade brasileira. Precisamos de uma previdência que seja igual para todos os brasileiros. É uma tarefa árdua, mas, à medida que haja uma melhor divulgação, uma melhor compreensão do que se pretende”, avaliou. Imbassahy ainda reclamou a ausência de uma reforma política efetiva, que dificulta as relações entre os Poderes. “Eu estava na articulação do Palácio do Planalto e era muito difícil articular com o número de partidos. É muito difícil governar”, lembrou. Ligado ao grupo político do senador Aécio Neves dentro do PSDB, Imbassahy também evitou tensionar as relações entre os tucanos e o DEM, partidos tradicionalmente aliados, mas que almejam lançar candidaturas próprias ao Palácio do Planalto em 2018. “O PSDB está colocando e deve colocar uma candidatura, que no momento deve ser a do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. E o DEM também pode fazer”, disse o tucano, ao citar como exemplo de potencial candidato do DEM o prefeito de Salvador, ACM Neto.
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