O Batalhão de Choque (BPChq) da Polícia Militar completa, nesta quarta-feira (24), 35 anos de dedicação à população baiana. Do lançamento, na década de 80, até 2017, com a criação da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), a unidade se reinventou permanecendo referência no país.
Idealizador da unidade, o capitão Manoel Messias de Almeida poderia ter a palavra Choque no sobrenome. No início da década de 70, o militar visitou alguns estados e, no Rio Grande do Sul, conheceu o trabalho diferenciado da B
rigada gaúcha. “Foi uma experiência marcante que precisava ser trazida para a Bahia”, explicou.
Atualmente com 84 anos e aposentado na mais alta e merecida patente, o coronel Messias lembrou do caminho percorrido até o dia 24 de janeiro de 1983, data de lançamento da unidade. “Mostrei a necessidade da criação do batalhão e quando o sinal verde foi dado colocamos a mão na massa. Nós militares viramos arquitetos, engenheiros, mestre de obras e pedreiros e, no Caji, imortalizamos a casa do Choque”, contou com lágrimas caindo dos olhos.
Momentos históricos
O choqueanos mostraram, ao longo dos 35 anos que estão prontos para as mais variadas missões. Entre os destaques está a atuação de resgate no maior acidente rodoviário no Brasil, ocorrido em março de 1988, quando um caminhão pau-de-arara, que transportava romeiros que saíram da cidade de Coração de Maria com destino a São Félix, capotou em um trecho do município de Cachoeira.
“Assim que ficamos sabendo deslocamos as viaturas da Rotamo e ajudamos da maneira que foi possível. Socorremos feridos e também ajudamos nas remoções das 67 vítimas fatais e a salvar muitas vidas”, contou o coronel Paulo Uzeda, na época, comandante da Ronda Tático Móvel (Rotamo) do BPChq.
Outra situação ocorreu nos festejos dos 500 anos do Brasil, em Santa Cruz Cabrália. “Nos deparamos com uma grande manifestação que gerou inúmeros transtornos à população local. Essa foi uma missão que exigiu das equipes uma dose ainda maior de bom senso e firmeza na atuação”, lembrou o comandante do Policiamento Especializado (CPE), coronel Humberto Sturaro, na época tenente.
Patamo
A criação e implantação da Patamo, no ano passado, marcou um novo momento para o BPChq. A tropa, treinada para ocupações de terreno por tempo indeterminado, já atuou nos bairros do Nordeste de Amaralina, Engenho Velho da Federação e Liberdade garantido a manutenção da ordem.
“Com muita honra estou à frente deste efetivo comprometido e dedicado. Não existe tempo ruim para esses homens e mulheres. Saímos de casa sempre com o propósito de ajudar a população baiana. Selva!”, finalizou o comandante do BPChq, tenente-coronel Paulo Guerra.
SSP