Após o flagrante ser registrado em um dos postos da PC, o preso é encaminhado para fazer exames no DPT e horas depois está no tribunal
Neste ano os presos em flagrante nos circuitos do Carnaval estão passando pela audiência de custódia no Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF) da Justiça, na Avenida ACM, poucas horas depois da prisão. A parceria entre a Polícia Civil e o Poder Judiciário agilizou o processo.
De acordo com o delegado Delmar Bittencourt, do Departamento de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), unidade responsável pela condução dos presos, após o flagrante ser registrado o preso é encaminhado para fazer exames no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Depois de fazer exame de corpo delito, o preso é encaminhado
à 1ª Delegacia Territorial (DT), localizada nos Barris, até que seja conduzido para a audiência com o juiz que decide se ele permanece preso ou responde ao inquérito em liberdade.
Violência
O sábado de Carnaval seguiu a tendência dos primeiros dias e continuou sem registro de crimes graves nos circuitos oficiais da festa e nos bairros. Diferente do ano passado, que já havia contabilizado um homicídio, este ano, nenhum crime violento letal foi registrado.
Os crimes contra o patrimônio permanecem em queda, passando de 190 casos em 2017 para 107 este ano. Entre eles, o destaque são os registros de roubo- quando há a utilização de violência- que desceu de 32 para 10 situações, representando uma diminuição de quase 69%. O principal crime registrado continua sendo o furto de celular: 77 casos.
O sábado de carnaval também teve 396 pessoas conduzidas para unidades policiais, sete prisões em flagrante, 328 Termos Circunstanciados de Ocorrências registrados e sete adolescentes apreendidos.
Mandado de prisão
A Polícia Civil efetuou a prisão de Ronaldo Lúcio da Silva, após ele dar entrada em um posto médico no circuito Osmar, atingido por um projétil na perna. Com passagens na polícia por roubo, ele apresentou documento falso, em nome de Raimundo do Nascimento de Jesus, mas foi descoberto após identificação civil realizada pelo Departamento de Polícia Técnica.
Respondendo pelo crime de roubo qualificado, Ronaldo descumprida a determinação judicial que restringe a presença dele em festas populares. Uma das linhas de investigação aponta que o caso se trata de legítima defesa.