Como reflexo imediato do engavetamento da Reforma da Previdência, o Ministério do Planejamento anunciou um corte de R$ 14 billhões para o orçamento de 2019. Na prática, o governo reduz investimentos e deve enxugar verba de programas e de auxílios.
“O impacto direto para as pessoas é que com menos investimento, dependendo da área, menos empregos. Fora possíveis cortes em programas como o Fies, por exemplo, esse é o lado ruim”, avalia o professor da FGV, Joelson Sampaio. “O lado positivo, é que esses cortes tentam segurar o aumento da dívida pública. A dívida é alta porque, em linhas gerais, o governo gasta mais do que arrecada.”
E o que é a dívida pública? Quando o governo gasta mais do que arrecada e a dívida é o que o setor público deve aos bancos.
Atualmente a dívida pública beira R$ 4 trilhões e por isso é fundamental cobrar o equilíbrio das contas públicas e a redução do crescimento dessa dívida. Os governos precisam se adequar a realidade dos recursos. Uma dívida tão alta não apenas compromete o desenvolvimento do país, como fica de herança para as próximas gerações. Como o Economia em 5 Minutos observou, cada brasileiro já nasce devendo R$ 23 mil.
Este é o desafio para o futuro governo: apresentar um plano para os próximos 4 anos que devolva o equilíbrio das contas públicas, o equilíbrio fiscal. “A dívida continua a crescer e precisamos reverter esse cenário. Creio que esse é o principal problema. E como fazer isso? Muito mais do que fórmulas, que na prática todos sabem o que deve ser feito, depende de alianças políticas entre governo, Congresso e Senado.”
R7