Ao contrário dos ataques cardíacos que muitas vezes são provocados pelo excesso de colesterol nas artérias, o início da doença de Alzheimer é o resultado do amiloide – uma substância que se desenvolve no tecido cerebral. Os primeiros estágios da doença podem ser vistos como “confusões” no cérebro e são detectados em 10% das pessoas com pouco mais de 20 anos e em 50% com 50 anos, algumas décadas antes de os sintomas serem claros.
“A doença de Alzheimer é uma das doenças mais fisicamente e emocionalmente pesadas, tanto para os sofredores quanto para as pessoas que cuidam delas”, escreve Greger. Ele também diz que a dieta pode ser uma causa subjacente.
Segundo ele, há evidências de que uma dieta saudável fornece proteção contra as “confusões” que provocam o Alzheimer. “Inúmeros estudos revelaram que o Alzheimer é mais uma doença do estilo de vida do que da genética e existe um consenso emergente de que os mesmos alimentos que bloqueiam nossas artérias também podem entupir nossos cérebros”, disse.
Ao comparar pessoas que comem carne mais de quatro vezes por semana com pessoas que não consumiram carne por 30 anos, o risco de desenvolver demência é mais de três vezes menor entre os que não consomem carne. Este conhecimento não é novo. Em 2014, as Orientações Dietéticas e de Estilo de Vida para a Prevenção da Doença de Alzheimer declararam: “Vegetais, leguminosas [feijão, ervilhas e lentilhas], frutas e grãos integrais devem substituir as carnes e laticínios como básicos primários da dieta”.
Alimentos vegetais, especialmente bagas, contêm uma série de antioxidantes, que Greger afirma terem a habilidade de atravessar o sangue para a barreira cerebral, protegendo o sistema neurológico dos efeitos do “enferrujamento” e da eventual demência, informa o Livekindly.
Além de ajudar a prevenir a demência, a alimentação vegetal melhora a saúde geral. “Você estará fazendo o melhor que pode para proteger suas memórias e seu poder cerebral até a velhice”, disse o médico.
R7