O Ministério da Saúde vai manter o processo de compra de um medicamento apontado por especialistas como pouco eficaz para o tratamento de crianças com leucemia. A pasta anunciou que a aquisição do L-asparginase, produzido por um laboratório chinês, será mantida para atender pacientes de hospitais próprios do Sistema Único de Saúde (SUS). Um estudo conduzido pelo Centro Infantil Boldrini e publicado na revista EBioMedicine nesta semana indicou que o L-asparginase não tem qualidade para uso em humanos. O medicamento é comprado desde 2013 pelo Ministério da Saúde para o tratamento de pacientes com Leucemia Mieoloide Aguda. A compra do L-asparginase foi feita com base no menor preço pelo Ministério da Saúde. O objetivo era ofertar tratamento para 4 mil crianças com leucemia. A análise feita pelo Instituto Boldrini avaliou a presença de impurezas e a bioequivalência no medicamento. O ministro da saúde, Ricardo Barros, afirmou que a escolha do fornecedor chinês havia ocorrido em razão da falta da asparginase no mercado internacional.
Bahia Notícias