O juiz Marcelo Alberto Chaves Villas, da 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo, na região serrana do Rio, decretou a prisão preventiva de 35 acusados pela polícia na Operação Amálgama, que apura o tráfico de tóxicos no Complexo de Olaria, naquela cidade. O Ministério Público estadual, autor da denúncia, pediu a prisão preventiva dos acusados, pelos crimes de corrupção de menores, porte ilegal de armas e associação com a facção criminosa Comando Vermelho.
Na decisão, o magistrado marcou audiência de instrução e julgamento por vídeo conferência, para o dia 4 de junho, às 13 horas, para os réus que já estão presos.
De acordo com o juiz Marcelo Villas, a decretação das prisões se faz necessária não apenas para garantir a ordem pública, mas também para assegurar a aplicação da lei penal.
“Há relatos de troca de tiros com traficantes ostentando fuzis e granadas em área residencial do Complexo de Olaria, com moradores inocentes no meio do tiroteio, o que justifica por si só a decretação dos mandados de prisão para trazer a paz pública. Somam-se, ainda, casos de torturas no Complexo de Olaria com a participação de diversos integrantes da facção criminiosa. Exemplo é a tortura de uma menina, inclusive com a ousadia de filmarem e postarem nas redes sociais para causar mais temor na população”, justificou o juiz na decisão.
Operação
A Operação Amálgama foi deflagrada ontem (22) pelo Ministério Público do Rio, em conjunto com as polícias Civil e Militar com a finalidade de desarticular o tráfico de drogas no bairro Alto de Olaria, local em que ocorreram recentes confrontos armados entre traficantes e forças policiais e no qual se verifica intenso fluxo de criminosos vindos da região metropolitana do Rio.
Agência Brasil