Os deputados estaduais da Bahia retornaram das férias no dia 1º de fevereiro, mas até esta terça-feira (3), dois meses e dois dias depois, eles ainda não votaram nenhum projeto, por falta de quórum nas sessões, número mínimo de políticos estabelecido para que as votações possam ocorrer.
Além das férias, eles tiveram folga no carnaval e na Semana Santa, contabilizando menos de 30 dias de trabalho.
Nesta terça, haveria a primeira sessão de votação de projetos na Alba, mas o plenário estava vazio. A sessão foi abertas às 14h45 e encerrada dois minutos depois, porque não havia um número de deputados suficiente para votação.
Logo após o início da sessão, foi feita uma chamada que constatou a presença de apenas 20 deputados. Para que a sessão aconteça, é preciso no mínimo 21 dos 63 políticos da Casa. Já para votação, são necessários pelo menos 32 deputados.
O vice-presidente da Alba, o deputado Luiz Augusto (PP), justificou as ausências dos deputados. “Uma coisa é trabalho e outra coisa é votação. O deputado trabalha mais no gabinete, atrás de algumas coisas para os prefeitos, para as regiões, discutindo nas sessões. Eu acho que o trabalho não é só na hora de votar. Votar é um período muito pequeno”, destacou.
Um deputado estadual da Bahia custa, em média, R$ 157 mil por mês aos cofres públicos. Eles ganham salários de R$ 25.322,25, verba idenizatória de R$ 32 mil, usada para combustível e outras despesas, e verba de gabinete de R$ 100 mil.