Não foi somente após a famosa discussão com o ministro Gilmar Mendes de duas semanas atrás que Luís Roberto Barroso passou a ser adorado por grande parte dos brasileiros.
Dentro da Corte, o ministro sempre foi muito respeitado entre os colegas. Além de ser considerado extremamente preparado tecnicamente, Barroso atrai a atenção dentro e fora do STF, não só pelos votos, mas também pela sua oratória. Em sessões em geral longas e cansativas, o ministro é capaz de atrair a atenção quando fala.
Os críticos a ele dizem que ‘joga para a torcida”. Nesta quarta, o voto do ministro tentou convencer os interlocutores da sua posição pela prisão após a segunda instância com um longo argumento sobre o sistema judiciário e as prisões no Brasil, que leva os mais pobres à prisão antes mesmo da prisão em segunda instância, já que em geral eles são presos em flagrante. Por outro lado, citou exemplos de crimes, em geral homicídios, em que os réus, até confessos, não cumprem pena em função dos eternos recursos.
De todos os ministros da Corte, Barroso pode ser considerado o melhor orador. Seus votos são claros, seguem uma linha de raciocínio e, ao contrário de alguns colegas, ele não lê o voto. Apenas consulta informações.
R7