A pré-candidatura ao Palácio do Planalto do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), perdeu força e começa a ser reavaliada pela cúpula do DEM, que passou a procurar nomes como o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) para conversar sobre futuras alianças. O primeiro movimento ocorreu na semana passada, quando deputados da sigla, entre eles o líder na Câmara, Rodrigo Garcia (DEM-SP), se encontraram com Alckmin em Brasília. O prefeito de Salvador e presidente do DEM, ACM Neto, também deve procurar líderes de outras legendas, que inicialmente manifestaram apoio a Maia, como PP, PRB, SD e PR, para “estabelecer pontes” e não fechar portas no futuro. Dois desses partidos já lançaram pré-candidatos próprios ao Planalto: o empresário Flávio Rocha (PRB) e o ex-ministro Aldo Rebelo (SD). Mesmo diante do cenário adverso, porém, o DEM diz que vai manter a candidatura de Maia e que um eventual apoio a outro nome só acontecerá em junho ou julho. “Neste momento, ninguém avalia a hipótese de desistência”, afirmou ACM Neto. O presidente do DEM tem dito que o centro deve se unir em torno de uma candidatura única para continuar no comando do País, mesmo que isso signifique abrir mão de lançar Maia à Presidência. Defendida pelo presidente Michel Temer (MDB) antes de colocar sua candidatura à reeleição, a tese de lançar um nome único de centro também ecoa no DEM. Segundo ACM Neto, o partido está estruturando a pré-campanha, contratou uma agência de comunicação para cuidar da parte de comunicação digital e Maia vai retomar as viagens nesta semana, com visitas ao Maranhão e Tocantins. Procurado, o presidente da Câmara não quis se manifestar. Outro sinal de que a candidatura de Maia perdeu força é a diminuição do ritmo de viagens pelo Brasil feitas pelo presidente da Câmara. Nas últimas semanas, o deputado deu preferência a agendas no Rio, seu reduto eleitoral. No início do ano, o próprio Maia dizia que só seria candidato se alcançasse 7% nas pesquisas até maio. O resultado do levantamento foi visto como um sinal de alerta no DEM. A avaliação é de que o presidente da Câmara precisa de um fato novo para se destacar entre o eleitorado, pois não tem apelo popular.
Bahia Notícias