Está em curso uma seleção pública internacional que vai viabilizar financiamentos milionários em tecnologia e modelos de negócio para a redução do gás metano, um dos causadores do efeito estufa. A seleção está sendo implementada pela Oil and Gas Climate Iniciative (OGCI), uma organização que reúne dez das maiores companhias mundiais de óleo e gás e que, juntas, representam 25% da produção global do setor.
As inscrições estão abertas até 15 de maio. O objetivo é selecionar iniciativas globais que apontem tecnologias ou modelos de negócio inovadores para diminuir as emissões do gás. As empresas vencedoras receberão até US$ 20 milhões e também terão suas inovações produzidas em escala comercial. As inscrições poderão ser feitas pelo site da OGCI.
Entre 10 e 15 iniciativas serão selecionadas para apresentação e discussão presencial em evento sobre o tema a ser realizado pela organização em 25 de junho, em Washington (EUA). Os ganhadores serão anunciados em 24 de setembro. As informações foram divulgadas pela Petrobras, cujo Conselho de Administração aprovou a adesão da companhia à organização no final do mês passado.
Mudanças climáticas
O objetivo principal da OGCI, grupo liderado por presidentes da BP, Petrobras, CNPC, Eni, Pemex, Repsol, Saudi Aramco, Shell, Statoil e Total, é liderar a resposta do setor às mudanças climáticas. Para tal, as dez empresas participantes vão investir US$ 1 bilhão nos próximos dez anos em iniciativas voltadas para o combate aos gases de efeito estufa, para torná-las viáveis – no futuro, as empresas podem se beneficiar das iniciativas.
O gerente interino do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello da Petrobras (Cenpes), Oscar Chamberlain, falou disse que os principais segmentos contemplados com os investimentos serão os de captura, uso e armazenamento geológico de gás carbônico (CO2), gás natural, eficiência energética e redução das emissões do setor de transporte.
“Nossa preocupação é atuar em áreas que contribuirão significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa e remover barreiras ao desenvolvimento, implantação e ampliação de tecnologias necessárias para atingir metas climáticas de longo prazo”, enfatizou o gerente.
Agência Brasil