Aprimorar o Turismo Religioso na Bahia, a partir de exemplos de iniciativas bem- sucedidas em todo o País, é um dos objetivos do 1º Congresso Brasileiro de Turismo Religioso, realizado em Salvador, no Fiesta Convention Center, até este sábado (12). Iniciativa da Arquidiocese de Salvador, com apoio da Secretaria do Turismo do Estado (Setur), o encontro também busca apresentar para empresários baianos o potencial econômico do segmento.
Ao abrir o evento, na noite de quarta-feira (9), o secretário estadual do Turismo, José Alves, reafirmou o esforço da Bahia em ampliar, estruturar e valorizar os roteiros. “Num ambiente de forte religiosidade, temos destinos e atrativos com capacidade de movimentar a cadeia turística como hospedagem, alimentação e artesanato. O turismo movido pela fé também leva o visitante a conhecer outros atrativos, beneficiando o entorno do destino principal”.
Para Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, o evento nacional mostra como as experiências de fé podem ser convertidas em bons negócios. “Quanto melhor o peregrino for acolhido, melhor será a sua experiência de fé, que, ao terminar, despertará o desejo bem forte de voltar àquele lugar”.
Um dos destaques do congresso é a palestra do diretor de Marketing e Novos Negócios do Santuário de Aparecida, Marcos Spalding. Capaz de atrair 12 milhões de romeiros por ano, o templo é rodeado por um complexo com empreendimentos como hotéis, lojas, museus e bondinho. O exemplo do interior de São Paulo já vem inspirando o segmento na Bahia.
Importantes atrativos da capital baiana, a Basílica do Bonfim e as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) já desenvolvem ações para a dinamização da economia do turismo religioso na Cidade Baixa, mas o campo ainda é vasto. No Bonfim, o museu foi reaberto e o casario em torno da igreja é utilizado para atividades culturais e abriga café, restaurante e lojas de artesanato, a fim de aumentar o tempo de permanência do turista nos arredores.
A Osid, instituição de caridade fundada pela religiosa baiana beatificada em 2011, mantém o Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres e o Memorial Irmã Dulce. Em 2017, o complexo, que também conta com café e loja, recebeu 70 mil visitantes, a maioria de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
De acordo com o padre Manoel, organizador do congresso, a igreja do Bonfim, as Obras Sociais Irmã Dulce, outras igrejas e empreendimentos da Cidade Baixa contam com consultoria do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-BA) para estímulo ao empreendedorismo e o desenvolvimento da atividade turística. O propósito é expandir a oferta de serviços, e ainda elevar a qualidade geral do atendimento.
O roteiro religioso da Cidade Baixa, em Salvador, será apresentado no congresso. Da Bahia, também ganham destaque as romarias a Bom Jesus da Lapa e Candeias, e a construção da cidade santa, em Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Entre os convidados, estão o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar Raposo, e o coordenador de Planejamento das Políticas de Turismo do Pará, Ivaldo das Dores Silva.
A abertura do evento teve ainda a presença de autoridades como o diretor técnico do Sebrae, José Cabral; o prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), Eures Ribeiro; o presidente do Sindicato das Empresas de Turismo da Bahia, Luís Augusto Leão; e a presidente da seção baiana da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Ângela Carvalho. Mais informações sobre o congresso podem ser acessadas no site do evento.
Secom