O Centro de Abastecimento (Ceasa) de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, já começa a ficar sem produtos, por conta dos efeitos da greve de caminhoneiros contra o aumento no valor de diesel, que entra no 4º dia nesta quinta-feira (24). Os motoristas de caminhões e carretas estão interrompendo o tráfego em rodovias de todos o país, impedindo o transporte de produtos.
Na Ceasa de Simões Filho, falta uva, goiaba, banana, ovos, batata e maçã. Os comerciantes estimam que se a greve não for encerrada até esta quinta, o estoque pode acabar na sexta-feira (25). Sem os produtos e com a procura dos consumidores, o preço deve aumentar.
“Exatamente nesse momento, não tem uva, não tem goiaba, não tem batata, não tem maçã. Estamos com o carreto de maçã parado desde domingo. Como nós prevemos que isso pode acontecer, trabalhamos com antecipação de estoque. Ontem mesmo, seis caminhões nossos não conseguiram fazem entregas por conta das barreiras. Se até hoje não acabar, amanhã [sexta-feira, 25] não vai ter produtos no Ceasa”, Agnaldo Nascimento, comerciante há 29 anos no local.
O comerciante explica que o estoque de ovos sai dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e que desde sexta-feira não chegam carretos com ovos na Ceasa. “A situação é complicada. Vários caminhões – uma centena – que vinham para Ceasa, estão presos nas barreiras”, conta.
O estoque de banana da prata já acabou no local, entretanto banana da terra ainda tem, mas o valor da caixa subiu de R$ 60 para R$ 75.
Liminar
Uma liminar concedida pela Justiça Federal, na quarta-feira (23), proíbe o bloqueio do tráfego em rodovias baianas de caminhões pertencentes ou contratados por uma empresa de alimentos que ingressou com uma ação por conta dos protestos de caminhoneiros em vias de todos o país contra o aumento do óleo diesel.
A Justiça determinou que seja garantida a passagem dos caminhões e veículos da empresa na BR-020, BR-116, BR-381 e BR-324. A liminar determina que a União, por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), garanta o tráfego dos caminhões que circulam por conta e ordem da empresa autora da ação, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil por caminhão comprovadamente impedido de trafegar.
G1