Na Bahia, a greve de advertência de 72 horas da categoria petroleira começou à zero e um minuto da quarta-feira (30) com o corte de rendição em algumas unidades do Sistema Petrobrás, a exemplo do Campo de Miranga, do Temadre, Transpetro Jequié, Transpetro Itabuna e PBIO.
Na Refinaria Landulpho Alves, o movimento também começou na madrugada da quarta-feira, com uma operação padrão.
No EDIBA, onde funciona a sede central da Petrobras no estado, a greve se transformou em uma grande manifestação em frente ao prédio Torre Pituba,
O movimento conquistou a simpatia dos motoristas, que passavam buzinando e apoiando os petroleiros na luta pela redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha, e, principalmente pela mudança da política de preços da atual gestão da Petrobrás.
O “Fora Parente” foi externado através da queima de um boneco, representando o atual gestor da Petrobrás, que para a categoria é o responsável pelo caos instalado no país, que culminou na greve dos caminhoneiros.
Muitos trabalhadores de outras unidades, como a RLAM e Transpetro, saíram de seus turnos de trabalho e foram ao EDIBA participar da manifestação, que teve encenação de peça teatral e contou com a presença de diversos parlamentares e representantes de centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais.
Apoio da sociedade –
Para o coordenador do Sindipetro Bahia, a greve de advertência dos petroleiros já alcançou bons resultados logo no primeiro dia. “conseguimos pautar a necessidade da mudança da política de preços adotada pela atual gestão da Petrobras e, o mais importante, estamos conseguindo o apoio da sociedade, que aos poucos, começa a entender que é a gestão de Pedro Parente a responsável pelos aumentos abusivos do preço dos combustíveis e gás de cozinha”.
O diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa lembrou que a categoria vem construindo, de forma sólida e ascendente, a greve por tempo indeterminado, que pode ser deflagrada a qualquer momento”.
O dirigente sindical afirmou que a greve não causará desabastecimento porque, durante a paralisação dos caminhoneiros, a Petrobras continuou produzindo e os tanques estão cheios. O processo está sendo conduzido para que não falte combustível para suprir as necessidades da população. Nós estamos lutando pela retomada da produção nas refinarias da Petrobrás e contra a privatização dessa grande empresa”..
Principais eixos do movimento grevista:
– Redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha
– Retomada da produção das refinarias
-Fim das importações de derivados de petróleo
– Não às privatizações e ao desmonte do sistema Petrobras
– Manutenção dos empregos
– Demissão de Pedro Parente, atual presidente da companhia.