O agravamento dos casos de violência em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, provocou uma série de relatos ao Disque-Denúncia no primeiro mês de funcionamento.
O canal de comunicação, disponível por telefone e para celulares IOS e Android, permitiu o mapeamento das áreas mais violentas da cidade, como os bairros do Frade, Centro e Praia do Machado. A maior parte das denúncias se refere ao tráfico de drogas e ao porte de fuzis. Há ainda casos de desmatamento, foragidos da Justiça, roubos e furtos, além de pessoas desaparecidas.
O serviço lançou a recompensa de R$ 5 mil por informações sobre Jeferson Luís dos Santos, Zinho ou Jefinho, apontado como chefe do tráfico de drogas da comunidade do Frade, e sobre o desaparecimento da estudante Marcela Beviláqua Afonso, de 24 anos.
Angra dos Reis é um dos principais cartões-postais do Rio, reunindo 101 praias na Bahia da Ilha Grande e mansões à beira-mar. O local foi cenário de filmes, espetáculos e shows. Porém, desde o final do ano passado, virou palco de episódios de violência.
Para denunciar, basta um telefonema para o número 0300 253-1177 e a Polícia Militar é contactada. Além do número telefônico, o cidadão também pode denunciar utilizando o aplicativo “Disque-Denúncia RJ” em que é possível enviar fotos e vídeos, também com a garantia do anonimato.
O coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, destacou a participação dos moradores. “Sem o auxílio da população, a polícia pode muito pouco. Em todos os lugares há sempre um cidadão de bem que vê um crime e está disposto a ajudar sua polícia, repassando informações ao Disque -Denúncia.”
Há quatro meses, o prefeito de Angra, Fernando Jordão (MDB), foi a Brasília para pedir apoio para adotar medidas de segurança. Ele esteve com o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com representantes do Exército e da Força Nacional. Na ocasião, relatou que a cidade foi invadida por facções criminosas e o medo havia se instalado na região.
Agência Brasil