O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e a Empresa Brasileira de Inovação e Serviços (Finep) apresentaram hoje (19) uma nova linha de fomento que destinará R$ 1,5 bilhão a projetos ligados à tecnologia da internet das coisas. A expectativa da Finep é receber pelo menos 300 projetos candidatos ao financiamento.
Internet das coisas é a tecnologia que permite a conexão dos mais diversos equipamentos, objetos e máquinas à internet, com o objetivo de otimizar seu funcionamento e fornecer informações mais precisas aos usuários.
A maior parte dos recursos (R$ 1,1 bilhão) é do caixa da própria Finep e poderá ser usada para projetos de diversos setores. Os outros R$ 400 milhões são do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) e devem ser destinados a iniciativas dessa área.
Para avaliar as condições econômicas dos concorrentes, a Finep estabeleceu um piso de R$ 16 milhões de receita bruta anual para as empresas candidatas e de R$ 5 milhões por projeto. O presidente da Finep, Ronaldo Camargo, acredita que agricultura, mobilidade, energia e saneamento serão os setores com maior número de projetos aprovados. A partir da candidatura, a liberação dos recursos, em caso de aprovação, deverá ocorrer entre 90 e 120 dias.
O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que a ação de fomento é complementar à linha do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também voltada a projetos de internet das coisas e lançada na semana passada.
“Um é apoiado no outro e o resultado é a somatória de todo o apoio possível para que a gente possa continuar investindo em inovação”, disse Kassab.
Recuperação judicial
O ministro também comentou a aprovação do acordo de Recuperação Judicial da Oi na Justiça dos Estados Unidos. Kassab disse que a homologação já era esperada, e a recuperação é um processo lento.
“Nós tínhamos a expectativa de que isso acontecesse mesmo na justiça americana, e vamos continuar entendendo que em um futuro próximo haverá necessidade de novos investimentos na Oi, seja dos atuais controladores ou com a vinda de novos controladores”.
Agência Brasil