Perder um título regional (um dos dois possíveis para a realidade da dupla Ba-Vi) dentro de casa e para um clube sem expressão, que no momento está lutando contra a zona de rebaixamento na Série B… É coisa para baixar a cabeça, sentir vergonha e dar um alento aos seguidores dizendo que vai fazer o impossível para reforçar a equipe para as competições do segundo semestre.
Mas, não… O Sr. Bellintani, presidente do Bahia, preferiu tergiversar, dizer que acertou nas contratações, que o dinheiro da Copa do Brasil começando do começo é melhor que entrando nas oitavas de final (como aconteceu esse ano com o título nordestino de 2017)… Já dizia minha saudosa vó: em boca fechada não entra mosca.
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Pois bem… Sr. Bellintani perdeu uma grande oportunidade de ficar calado. Vamos respeitar a equipe do Sampaio Correa, que armou uma formação tática visando o mínimo para conseguir levantar a taça inédita… que cumpriu dentro de campo tudo o recomendado pelo técnico, que certamente estudou o time do Bahia, seus jogadores, o fato de jogar contra uma torcida majestosa, a maior do Nordeste… Diante de 45 mil torcedores e uma festa que seria inesquecível, o Bahia saiu no zero diante do Bolívia e entregou de mãos beijadas o título do Nordestão. Pena que não vai ficar a lição, diante da arrogância do presidente. O técnico Enderson Moreira simplesmente repetiu os mesmos erros de Guto Ferreira e mostrou o que é comum aos técnicos brasileiros: não passa de um entregador de camisas que pensa em esquema tático por números (4-4-2; 4-3-3; 4-4-1-1…).
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Esse menino da lateral esquerda… Léo (qaue não quer ser chamado de Pelé, mas que é a cara do rei do futebol) precisa aprender a fazer cruzamentos. É bom marcador, tem velocidade, cai bem até a linha de fundo, mas não acerta uma bola em direção à área ou ao gol. No tempo de Zanata e Maílson, os laterais ficavam após os treinos treinando avanço e cruzamento. Baixa a bola, Pelé e faz a lição de casa.
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Foi um chororô só… O Brasil decepcionou mais uma vez sua fervorosa torcida que sempre acha sua Seleção a melhor do mundo. Já foi. O Brasil hoje não passa de uma Seleção mediana que tenta sobreviver à sombra de um único craque que esse ano mais uma vez não será escolhido melhor do mundo. A encheção de saco em cima do nome de Neymar desviou os olhares para outros jogadores que fizeram muito mais dentro de campo do que ele, a exemplo de Coutinho.
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Mas, uma certa emissora, precisava reforçar a idolatria em torno de Neymar, prejudicando o próprio jogador, que apesar da qualidade, não é exatamente “o cara”, como já foi Pelé, Zico, Romário ou Ronaldo. Certamente, não foi culpa de Tite. Outros técnicos foram bem superiores a ele que é o que melhor se pode aproveitar de comandantes no País. Espera-se que ele continue à frente… O Brasil sempre teve vergonha de contratar um técnico europeu ou de outro país sulamericano. Na Europa, a falta de bons jogadores fez com que os técnicos se desenvolvessem como estrategistas… Enquanto isso, no Brasil, continuam os entregadores de camisas.
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A Bahia voltou a receber uma grande competição no calendário da Natação. Depois de 10 anos, um torneio Norte-Nordeste voltou a ser realizado em Salvador, na piscina do Centro Olímpico da Bahia, no Bonocô. É o reflexo da falta de investimento nos esportes amadores. Governos, empresários, o mundo esportivo ainda pensa esporte como “futebol”, ou o “fútil bol”, como sempre apregoa o colega Dr. Paulo Leandro em suas redes sociais.
Durante a competição, caiu um recorde de 16 anos. Nos 200 metros livres, Thiago Cavalcanti superou a marca do medalhista olímpico Edvaldo Valério. Que não seja apenas “fogo de palha”
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Durante a semana correu a notícia de que o estado investiria em pistas de atletismo dentro dos quarteis militares.
Fora as corridas de rua, inexiste atletismo na Bahia.
Numa olimpíada, o atletismo distribui medalhas em 26 provas. Entre ouro, prata e bronze são 78 medalhas. Futebol rende só uma!
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Por Chico Araújo
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