Um laudo do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro confirmou que embolia pulmonar -obstrução em uma artéria do pulmão- foi a causa da morte de Lilian Calixto, 46. A bancária morreu no último dia 15 após realizar um procedimento estético com o médico Denis César Barros Furtado, conhecido como Dr. Bumbum.
O perito apontou que havia micro partículas espalhadas pelo pulmão da paciente, impedindo a oxigenação do sangue, segundo a TV Globo. O laudo também indicou quadro de choque, com falência de órgãos como fígado e rim.
O médico, que não tem registro para atuar no Rio nem formação em cirurgia plástica, já havia admitido em depoimento à polícia que havia injetado cerca de 300 ml de um produto chamado PMMA (polimetilmetacrilato, derivado do acrílico) no glúteo da paciente.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o PMMA pode ser usado para corrigir rugas e restaurar pequenos volumes perdidos de tecidos com o envelhecimento, mas em pequenas quantidades.
Nem a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) nem a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) recomendam o uso do produto para fins estéticos.
Um outro laudo da Polícia Civil que também foi concluído reforça a acusação contra Denis Furtado. Peritos disseram ter encontrado vestígios de que sua cobertura na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, era usada para consultas e procedimentos estéticos, citando medicamentos na geladeira.