A partir desta segunda-feira (6), os brigadistas voluntários dos municípios de Iraquara, Bainopólis e Antônio Gonçalves participam de curso de combate a incêndio florestal realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado. Cerca de 1.200 brigadistas voluntários de 41 municípios serão capacitados até o final do mês de setembro.
O programa conta ainda com apoio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec/Defesa Civil), além das prefeituras de cada um dos municípios envolvidos. Neste ano, a capacitação do Bahia Sem Fogo foi iniciada no mês de julho e já passou por 11 municípios. O curso tem carga horária de 40 horas semanais, distribuídas entre cinco dias e são realizados anualmente.
Durante o processo de formação, que inclui aulas teóricas e práticas, os brigadistas voluntários têm aulas sobre legislação, prevenção, técnicas de combate a incêndio florestal, organização de brigadas e primeiros socorros, com ênfase a suporte básico de vida.
O secretário de Meio Ambiente do Estado, Geraldo Reis, conta que o programa foi criado inicialmente para atender às demandas de combate a incêndio em áreas de preservação ambiental, mas a atuação foi estendida para as diversas áreas do território baiano. “É um programa que conta com um planejamento e monitoramento e todo um trabalho de prevenção ao incêndio para além do combate. Contamos com trabalho de educação ambiental e todo um esforço de qualificação das brigadas civis, e investimento na aquisição de equipamentos que são distribuídos para as brigadas”.
Ainda de acordo com o secretário, uma nova licitação está sendo realizada em 2018 e cerca de R$ 1,3 milhão serão investidos em novos equipamentos para complementar as demandas de novas brigadas e de outras regiões.
O coordenador de Defesa Civil do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, capitão Murilo Rocha, explica que a solicitação do curso é realizada pelos municípios, assim como a definição dos voluntários que irão participar. A partir daí, a realização dos cursos é articulada. “Com a capacitação dessas brigadas voluntárias nos municípios, esse efetivo poderá realizar as primeiras ações de combates e em muitos casos conseguem debelar o incêndio. E quando o Corpo de Bombeiros chega ao local da ocorrência, conseguimos ter uma ação integrada para combater o fogo. Quando um município não conta com essa brigada e tem uma ocorrência de incêndio, esse evento já toma proporções maiores, que envolve uma logística mais complexa e maior dispêndio de recursos pelo Estado”.