Houve redução das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil. Os casos de zika diminuíram 57%, de chikungunya 60%, e de dengue 5% de agosto do ano passado até o momento, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado na sexta-feira (31). No entanto, no Rio de Janeiro e em Goiás, essas doenças destoam dos demais Estados.
Goiás é o Estado mais afetado pela dengue, com 60.804 casos, o que corresponde a 31% de todos os casos do país.
A cidade de São Simão, em Goiás, é a que apresenta a maior incidência da doença com 7.107,7 casos por 100 mil habitantes.
Minas Gerais, que figura em segundo lugar, tem 23.272 casos. Em seguida está o Rio Grande do Norte, com 17.996.
A região Centro-Oeste é campeã em casos de dengue, com 70.497 notificações, ou 36,4% de todo o país. Em seguida, aparecem a Sudeste, com 55.895 casos, e o Nordeste, com 53.718.
Já o Rio de Janeiro apresenta o maior número de casos de zika e de chikungunya, com 1.951 e 26.269, respectivamente. Em relação à zika, Goiás e Bahia aparecem em segundo e terceiro lugar, com 786 e 670, e em relação à chikungunya, Mato Grosso e Minas Gerais, com 13.035 e 10.486.
Ambas as doenças são mais frequentes, atualmente, na região Sudeste e não Nordeste, como no ano passado. A região Sudeste apresenta o maior número de casos prováveis de zika, 2.584 casos, o que equivale a 38,7% em relação ao total do país. Em seguida, está o Nordeste, com 1.871 casos, Centro-Oeste, com 1.406 casos.
Em relação à chikungunya, o Sudeste também lidera com 41.115 casos, o que representa 59,7% em relação ao total do país. Na sequência, figuram o Centro-Oeste, com 13.484 casos e o Nordeste, com 9.108.
A cidade com maior incidência de chikungunya é Itaocara, no Rio de Janeiro, com 2.996,4 casos por 100 mil habitantes, e com maior prevalência de zika é Pé de Serra, na Bahia, com 1.265,3 casos por 100 mil habitantes.
Dengue é a que mais mata
A dengue é mais incidente e mata mais que a zika e a chikungunya atualmente no Brasil, com 72% das suspeitas e 78% das mortes de doenças pelo Aedes aegypti.
As três doenças somam 269 mil casos suspeitos e 115 mortes, sendo 92 por dengue e 23 por chikungunya. Não há registro de morte por zika.
O mosquito Aedes aegypti é o vetor dessas três doenças, que são causadas por vírus distintos. Diferentemente da dengue e da chikungunya, a zika também é transmitida pelo sêmen na relação sexual e de mãe para filho, levando a problemas neurológicos no feto como a microcefalia.
Não há vacina contra essas doenças pelo SUS. Na rede particular, uma vacina da dengue está disponível, no entanto, a Anvisa, a OMS e o próprio laboratório produtor do imunizante anunciou que ele só pode ser utilizado por quem já teve a doença. Chamada de Dengvaxia, caso seja aplicada em quem nunca teve dengue, ao ter contato com o vírus, pode desenvolver a forma mais grave da doença.
R7