É considerado estável o quadro de saúde do capitão do Exército, Diego Martins Graça, baleado no pescoço, no último sábado (15) durante operação do Comando Conjunto das Forças Armadas em três comunidades da zona norte do Rio. O oficial foi ferido no pescoço por criminosos que usaram a estrutura de um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP), com visão privilegiada do alto para atacar os militares que chegavam para uma operação no Complexo da Penha. Ele é o primeiro oficial ferido em combate durante a intervenção federal na segurança pública do Rio, iniciada em fevereiro deste ano.
Hoje (18), o Exército Brasileiro homenageou os três militares morto em agosto durante uma operação conjunta de segurança pública no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Familiares dos três receberam em nome dos combatentes a Medalha Sangue do Brasil, destinada a militares mortos em missão, em uma cerimônia na Vila Militar, na zona oeste da capital fluminense.
Atendimento
O capitão Diego Graça foi rapidamente socorrido pela tropa e levado às pressas para o Hospital Central do Exército (HCE), no bairro de Triagem, onde está internado. De acordo com o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Carlos Cinelli, “a condição dele é estável. Não foi submetido a cirurgia. A equipe médica avaliou que se houver necessidade de procedimento, essa oportunidade ainda vai se apresentar, mas, no momento, não foi necessário”.
O coronel Cinelli disse ainda que o prognóstico ainda não foi definido pela equipe médica. “O ferimento foi na altura do pescoço e com a sensibilidade que isso tem. É um local com muita enervação, e, como toda lesão em que existe risco de danificar uma parte de nervos é imprecisa no sentido de prognóstico. Ele está consciente, está falando, lúcido. Os familiares estão acompanhando, mas a equipe ainda não tem um prognóstico assertivo sobre a evolução [do quadro clínico do oficial]”.
Operação
O Comando Conjunto das Forças Armadas, em apoio à Secretaria de Estado de Segurança, deflagrou, no sábado passado (15), operação na comunidade do Jacarezinho e nos Complexos do Alemão e da Maré, todas localizadas na zona norte do município do Rio de Janeiro e três das regiões mais perigosas da capital.
De acordo com as Forças Armadas, as ações destinavam-se à verificação de denúncias de atividades criminosas, em particular as ligadas ao tráfico de drogas. Ao todo, estão sendo empregados 1.850 militares das Forças Armadas e 50 policiais militares, com apoio de carros blindados e helicópteros para dar proteção às equipes que avançam por terra.
Agência Brasil