Pelo menos dez pessoas foram detidas pela polícia da Nicarágua durante um protesto contra o governo do presidente Daniel Ortega. As informações são de famílias que afirmam que as prisões foram arbitrárias.
Um dos presos é Francisco Acosta, irmão da jornalista Gloria Acosta, do jornal Hoy, que participava da manifestação em Manágua, quando foi levado para um destino desconhecido.
Os outros detidos são Ángel Cuarezma, Nhadiezdha Chavarría, Andrés Eliseo Cruz, Kevin Solís, Alex Hernández, Tania Cadena, José Ángel González, Adrián Andrés García e Pedro Estrada, a maioria jovens. As detenções ocorreram ontem (23).
Conforme os parentes, a manifestação se chamava “Somos a voz dos presos políticos” e os dez foram presos pelo fato de participarem do ato.
O protesto foi dispersado a tiros, de acordo com os organizadores, e deixou pelo menos uma pessoa morta e quatro feridas, segundo a Polícia Nacional.
Desde 18 de abril, a Nicarágua vive uma crise sociopolítica que gerou vários protestos contra a administração de Daniel Ortega.
A estimativa é que a onda de violência tenha provocado mais de 300 mortos, conforme organismos de direitos humanos nacionais e estrangeiros. Dados oficiais divulgados ontem informaram que 199 pessoas morreram.
Os manifestantes se queixam da repressão do governo Ortega, do desrespeito aos direitos humanos e à liberdade de expressão, assim como de abusos generalizados.
Agência Brasil