Com quase a totalidade das urnas apuradas, está confirmado o segundo turno entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Bolsonaro tem 46,66% dos votos válidos e não tem mais chance matemáticas de fechar com mais de 50% dos votos. Fernando Haddad (PT) está com 28,43%. Os dois voltam a se enfrentar no dia 28 de outubro.
Em terceiro lugar está Ciro Gomes (PDT), com 12,52%. Ele é seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 4,82% e João Amoedo (Novo), com 2,57%. Os votos em branco somam 2,67% e os nulos, 6,11%. Até o momento, a abstenção registrada é 20,33%.
Marina e Alckmin
A polarização entre as candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), prevista em levantamentos de intenção de voto de diferentes institutos de opinião durante a campanha eleitoral, agravou as dificuldades de candidaturas que se posicionavam ao centro.
“O caminho do meio se esvaziou. Essa eleição esvaziou o centro”, analisa o cientista político Joviniano Neto, professor da Universidade Federal da Bahia.
A apuração mostrou, com 96% dos votos apurados, que Geraldo Alckmin (PSDB) tem 4,8% dos votos e Marina Silva (Rede) tem 1%, ficando abaixo de Cabo Daciolo (Patriota). Os dois nomes, que já se candidataram em outras campanhas presidenciais e ocuparam postos de relevância, não conseguiram projeção nesta eleição.
Na avaliação Joviniano Neto, Marina Silva “perdeu intenção de votos quando Fernando Haddad foi indicado do PT”. Também pesou contra a candidata da Rede a falta de estrutura partidária e a “imagem de fraqueza física que Marina passa”.