Menos de 10% dos hospitais no Brasil não possuem equipes de cuidados paliativos. De acordo com a Folha de S. Paulo, um levantamento inédito aponta que entre as 2,5 mil unidades no país com mais de 50 leitos, em apenas 177 está disponível o serviço, que é essencial para que doentes graves e sem chances de cura tenham qualidade de vida.
O estudo da Academia Nacional de Cuidados Paliativos demonstra também que, entre os países latino-americanos, o Brasil só está na frente da República Dominicana e da Venezuela quanto à disponibilidade de serviços de cuidados paliativos. Uruguai, Argentina, Costa Rica e Chile são os mais bem colocados.
No Brasil, o problema já começa na formação dos médicos. Apenas 14% dos cursos de medicina oferecem a disciplina de cuidados paliativos e em somente 6% ela é obrigatória. Além de diminuir o sofrimento dos pacientes, o serviço também pode diminuir as despesas dos sistemas de saúde. “Com os cuidados paliativos, os custos podem cair de 30% a 50%”, estima Emilio Herrera, presidente do New Health Foundation, em entrevista à Folha de S. Paulo.
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