O Brasil é o segundo país com maior taxa de cesáreas em todo o mundo (55,5%), atrás apenas da República Dominicana (58,1%). Os números são resultado de um estudo que alerta para a epidemia mundial desta cirurgia, recomendada apenas em casos específicos.
Baseado em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef, o estudo apontou que o número de nascimentos por cesárea praticamente duplicou em 15 anos, de 12% para 21% entre 2000 e 2015, e superou os 40% em 15 países. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a América Latina é a região com maior taxa deste parto no mundo (44,3%).
“O forte aumento de cesáreas — especialmente entre as classes abastadas e sem motivos médicos— representam um problema devido aos riscos associados para a mãe e o bebê”, explicou a coordenadora do estudo, Marleen Temmermann, da Universidade Aga Khan, no Quênia, e da Universidade de Gante, na Bélgica.
O estudo ainda associa as cirurgias a uma faixa de renda e educação entre as mulheres. No Brasil, por exemplo, 54,4% das cesáreas são feitas em mulheres de nível educacional elevado. Entre as de nível mais baixo, o índice é 19,4%. No país, a maioria das cesáreas acontece em gestações de baixo risco.
Bahia Notícias