A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, que tem 193 membros, permitiu nesta terça-feira (16) que os palestinos atuem mais como um Estado membro completo durante reuniões em 2019, quando participarão do grupo de 77 nações em desenvolvimento.
Estados Unidos, Israel, e Austrália votaram contra a medida, que venceu com 146 a favor. Houve 15 abstenções e 29 países não votaram.
“Nós não podemos apoiar esforços dos palestinos para aumentar seu status fora das negociações diretas. Os Estados Unidos não reconhecem a existência de um Estado Palestino”, disse o vice-embaixador norte-americano na ONU, Jonathan Cohen, à Assembleia Geral.
Os palestinos querem estabelecer um Estado na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental. Israel capturou os territórios em questão na guerra de 1967 e anexou Jerusalém Oriental em uma medida não reconhecida internacionalmente.
“Nos opusemos fortemente à eleição dos palestinos para a cadeira no G77 assim como essa resolução de apoio”, disse. “Apenas Estados membros da ONU deveriam poder falar e agir em nome de grandes grupos de estados nas Nações Unidas”.
Em 2012, a Assembleia Geral da ONU aprovou por maioria o reconhecimento de fato do Estado soberano da Palestina quando atualizou a Autoridade Palestina do status de entidade observadora da ONU para Estado não-membro — como o Vaticano.
O novo status permitiu que os palestinos participem de alguns votos na Assembleia Geral e que participem de alguns órgãos internacionais. Entretanto, como um Estado não-membro, os palestinos não podem falar em reuniões até que os Estados membros falem, disseram diplomatas.
A resolução, elaborada pelo Egito, permite que os palestinos operem procedimentalmente como Estados membros enquanto estejam atuando em nome do G77 e da China — fazendo comunicados, submetendo e co-patrocinando propostas e emendas, concedendo direitos de resposta e levantando pontos de ordem.
R7