O Senado Federal vai votar, nesta quarta-feira (7), projetos de lei que aumentam o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de R$ 33 mil para R$ 39 mil. Essa mesma quantia seria definida para o cargo de procurador-geral da República.
Já aprovada na Câmara dos Deputados, a proposta estava parada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desde 2016. Até que na noite dessa terça (6), o presidente Casa, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), colocou um requerimento em votação pedindo a inclusão dos projetos na pauta.
Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a atitude contrariou vários senadores. “Em oito ano que estou no Senado, nunca vi nada parecido: um presidente avocar uma matéria para ir ao plenário sem conversar com a comissão em que ela tramita”, afirmou o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que foi relator da matéria na CAE.
Para ele, com previsão de impacto de R$ 6 bilhões por ano, isso é o que seria a primeira-pauta bomba armada para o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Na avaliação do parlamentar, conceder o aumento é “uma total irresponsabilidade no momento de crise que atravessamos nas finanças públicas. Como estados quebrados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, vão fazer frente a esses reajustes, que certamente virão?”, questionou.
Além de refletir nos salários dos ministros, os reajustes podem levar a um aumento cascata para juízes, procuradores, promotores e parlamentares de todo o Brasil.
Bahia Notícias