Com curadoria de Ana Camila Esteves (Brasil) e Beatriz Leal Riesco (Espanha/ Estados Unidos), a Mostra de Cinemas Africanos acontece pela primeira vez em Salvador, de 22 a 28 de novembro, no Cinema do Museu do circuito Saladearte. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). A mostra reúne 20 filmes de curta e de longa-metragem dos cinemas africanos contemporâneos, muitos inéditos no Brasil e que serão exibidos pela primeira vez na Bahia. Dirigidos por cineastas de países como Senegal, Sudão, África do Sul, Nigéria e Quênia, os filmes variam entre ficção e documentário. A programação conta também com cinco sessões comentadas por especialistas em cinema, África e temas afins à mostra. Chance rara de conhecer e discutir uma cinematografia vibrante e diversa em temáticas, paisagens e estéticas.
O recorte curatorial atende à demanda por proporcionar espaços de exibição no Brasil de filmes recentes produzidos na África nos últimos cinco anos, bem como promove o contato do público com as estéticas e narrativas presentes numa cinematografia quase completamente desconhecida do público brasileiro. A decisão por promover a primeira edição em Salvador deriva principalmente da conexão da cidade com o continente africano e a necessidade de promover atividades e eventos que permitam a uma população, ela mesma oriunda da diáspora, o conhecimento de estéticas e modos de vida inseridos em experiências africanas do/no presente. Em dezembro a mostra segue para Porto Alegre.
NOITE DE ABERTURA
A mostra abre dia 22 de novembro às 18h30 com o filme “Rafiki”, o primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher no Quênia, a cineasta Wanuri Kahiu, e o primeiro filme a representar o país no Festival de Cannes no início deste ano. Banido no seu país de origem, onde a homossexualidade é crime, o filme conta a história de amor entre duas adolescentes. A sessão contará com a presença de Taís Amordivino e Loiá Fernandes, realizadoras da Cinequebradas, evento que busca dar visibilidade a filmes realizados por e para mulheres negras LBTQs (Lésbicas, bissexuais, Transsexuais e Queer), para um bate-papo pós-sessão. Outro longa que tem rodado por muitos países e estreia no Brasil através da mostra é o “Supa Modo”, do diretor queniano Likarion Wainaina. A narrativa conta a história de Jô, uma jovem que sofre uma doença degenerativa e sonha em se tornar uma heroína. Como tentativa de realizar o seu desejo, toda a vila onde a jovem mora trama um plano genial na qual ela será a protagonista.
A Mostra de Cinemas Africanos tem parceria com o Instituto Francês, o New York African Film Festival (NYAFF, que em 2018 completou 25 anos), o FESTiFRANCE e o Wallay – Barcelona African Film Festival, além da Cinemateca Francesa e do Instituto Francês. Realização da Ana Camila Comunicação & Cultura e do Circuito SALADEARTE.
SERVIÇO
Mostra de Cinemas Africanos | edição Salvador
De 22 a 28 de novembro de 2018
Na SALADEARTE Cinema do Museu
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
PROGRAMAÇÃO
DIA 22/11 (quinta-feira)
18h30 – “Rafiki”, de Wanuri Kahiu (Quênia, 2018)
* Exibição do curta “Amor de Orí”, de Bruna Barros
* Bate-papo pós-sessão: Por um cinema negro, feminino e LBTQ, com a Cinequebradas
20h40 – “Wallay”, de Berni Goldblat (Burkina Faso/França, 2017)
DIA 23/011 (sexta-feira)
18h30 – “No ritmo do Antonov”, de hajooj kuka (Sudão, 2014)
* Bate-papo pós-sessão: Estéticas da (r)existência em regiões de conflitos
20h30 – “Martha & Niki”, de Tora Mårtens (Suécia, 2016)
DIA 24/11 (sábado)
18h30 – “Fronteiras”, de Apolline Traoré (Burkina Faso, 2017)
20h30 – “Supa Modo”, de Likarion Wainaina (Quênia, 2018)
DIA 25/11 (domingo)
18h30 – “Vaya”, de Akin Omotoso (África do Sul, 2016)
20h30 – “Rafiki”, de Wanuri Kahiu (Quênia, 2018)
DIA 26/11 (segunda-feira)
18h30 – “Supa Modo”, de Likarion Wainaina (Quênia, 2018)
20h – Programa de curtas 1: parceria FestiFrance
* Bate-papo pós-sessão: Vivências diaspóricas e diferença
DIA 27/11 (terça-feira)
18h30 – “Rafiki”, de Wanuri Kahiu (Quênia, 2018)
20h – Programa de curtas 2: parceria New York African Film Festival
* Bate-papo pós-sessão: O cinema e as experiências de infância e juventude no sul global
Dia 28/11 (quarta-feira)
18h30 – “Solte a voz”, de Amandine Gay (França, 2018)
* Bate-papo pós-sessão: Representatividade feminina negra: desdobramentos entre África e Brasil