Em uma apresentação na filial paulista da escola de negócios Wharton School (Universidade da Pensilvânia), neste domingo (6), o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn mostrou indicadores que apontam recuperação da economia e apontou a necessidade de reformas.
Goldfajn defendeu a autonomia do Banco Central, a abertura da economia e as mudanças realizadas na Taxa de Longo Prazo (TLP), utilizada pelo BNDES para empréstimos a empresas.
Ele destacou a necessidade de mudança nas regras de aposentadoria e pensão. “O Brasil precisa continuar no caminho de ajustes e reformas, especialmente a reforma da previdência”, descreveu na projeção em inglês.
Segundo o presidente do Banco Central, a economia global traz desafios especiais aos países emergentes por causa das disputas no comércio internacional (Estados Unidos e China), da eventual elevação das taxas de juros nas economias avançadas e da aversão ao risco dos investidores financeiros globais.
Com esses cenários, Goldfajn prevê que o Produto Interno Bruto brasileiro deve crescer 2,4% em 2019.
Balanço
Goldfajn, que será substituído pelo economista Roberto Campos Neto após sabatina no Senado Federal, fez um balanço dos últimos anos do Banco Central quando houve aumento das reservas cambias, crescimento da oferta de crédito, e redução dos juros à menor taxa histórica (6,5%).
De acordo com a apresentação, em janeiro de 2016 a taxa de inflação esperada em 12 meses era de 8,1%. Em julho de 2016, após o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, as projeções eram de 5% e em dezembro de 2018, as projeções caíram para 3,73% – abaixo da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional.
Agência Brasil