“Se não acreditássemos que ele continua vivo, não estaríamos considerando todas estas possibilidades.” Foi este o comunicado divulgado pela Guarda Civil espanhola nesta terça-feira (15) sobre os esforços para localizar Julen — o garoto de de dois anos que caiu em um poço de água enquanto estava com sua família em um sítio. As informações são do jornal espanhol El País.
O acidente ocorreu na tarde de domingo (13) na cidade malaguenha de Totalán, ao sul espanhol. Mais de cem membros de equipes de resgate da Espanha analisam, neste momento, três possibilidades principais para o salvamento do menino — que permanece desaparecido na cavidade de 110 metros de profundidade e 25 centímetros de largura.
A primeira via seria a construção de um poço paralelo com 1,5 m de largura, que permitisse o acesso de um resgatista; a segunda seria a escavação, a céu aberto, da encosta onde o poço se situa; a terceira, por fim, seria o uso de maquinaria que possibilitasse a retirada de terra do poço em maior velocidade. Fontes da operação disseram ao El País que essa última parece a opção mais provável.
O poço, segundo a imprensa local, estava sem proteção, sem sinalização e em um local sem cercamento no momento em que o garoto caiu.
Na segunda-feira (14), por conta do formato estreito da cavidade, as equipes usaram uma pequena câmera robótica para tentar alcançar o fundo. Aos 73 m de profundidade, entretanto, o equipamento esbarrou em uma obstrução de terra, onde foram encontrados um saco de doces e um copo plástico que os resgatistas creem pertencer ao menino Julen.
A Guarda Civil ainda não sabe com exatidão o paradeiro do garoto, mas não trabalha com outra linha de investigação que não seja a da queda no poço — que teria sido feito há algumas semanas para a extração de água, ainda que sem sucesso. “Não se trata apenas de chegar até o fundo do poço, mas de conservar o local por onde deve ser realizado o resgate”, afirmou a subdelegada do Governo na província de Málaga, María Gámez, na segunda-feira (14).
R7