Apartir de maio, produtores rurais deverão reduzir as doses de vacinas contra a febre aftosa em bovinos e bubalinos dos atuais 5 ml para 2 ml. Com a mudança, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera diminuir a ocorrência de reações nos animais, tais como inchaços e caroços. Além disso, a medida vai facilitar o transporte do produto e reduzir custos de refrigeração, já que os frascos serão menores do que os utilizados atualmente.
A imunização de todo o rebanho bubalino e bovino deve ser realizada no primeiro semestre, na maior parte dos estados brasileiros. As exceções são Acre, Espírito Santo, Paraná – onde as doses devem ser aplicadas em maio, somente em animais com até 24 meses de idade – e Amapá, que segue um cronograma específico. Nesses locais, a vacinação de todo o rebanho será feita no segundo semestre. O calendário completo de vacinação contra a febre aftosa pode ser conferido no site do Mapa.
Cuidados
Para preservar a saúde do animal, os produtores devem seguir algumas orientações, como comprar vacinas somente em lojas registradas, verificar se as doses estão na temperatura adequada (entre 2° C e 8° C) e mantê-las no gelo até o momento da aplicação. O cuidado com a higiene também é fundamental. As agulhas precisam ser novas, adequadas e devem estar limpas.
Outras recomendações importantes são agitar o frasco antes de usar, aplicar a vacina com calma, na tábua do pescoço do animal (podendo ser no músculo ou embaixo da pele) e preencher a declaração de vacinação, além de entregá-la no serviço veterinário oficial do seu estado, com a nota fiscal de compra das vacinas.
Brasil livre da aftosa
A redução das doses se inicia no mês em que o Brasil comemora o primeiro aniversário do status de país livre da febre aftosa com vacinação, certificado obtido junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O reconhecimento veio após décadas de esforços para prevenir e erradicar a doença no País.
O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) prevê que a retirada total da vacinação contra a doença no Brasil deve ocorrer até 2021.
Acordos internacionais
Com a obtenção do certificado de país livre da febre aftosa, o Brasil tem buscado intensificar o comércio internacional de animais. Apenas neste ano, o governo federal já firmou acordos de exportação de sêmen e embriões bovinos e bubalinos in vivo e in vitro para o Suriname e de comercialização de bovinos vivos para abate para a Malásia.
Em janeiro, também ficou definido que todos os produtos de origem animal exportados ou importados pelo Brasil devem ser despachados ou recebidos em apenas 21 pontos espalhados pelo País, escolhidos com base no grau de movimentação de cargas animais e na estrutura disponível para o recebimento dos produtos. A lista de locais pode ser consultada no site do Mapa.
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