Nem só de axé, pagode e samba vive o Carnaval de Salvador. A festa por aqui é plural tanto quanto a cultura da cidade. Dá para meter dança com os beats da música eletrônica da mesma forma que dá para descer até o chão com as batucadas da quebradeira. Toda essa diversidade só tem enriquecido a extensa grade de atrações para os que curtem a folia. E para quem é fã de produções eletrônicas há espaços alternativos com DJs e desfiles de trio.
“O Carnaval da capital baiana é multicultural. Não há proibição nenhuma, diferente de outras cidades. Temos aqui o Carnaval de todos os ritmos”, pontua o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington. Ele destaca a Torre Eletrônica, situada no Farol da Barra, como um dos atrativos de grande sucesso no período carnavalesco.
“Fizemos essa experiência há quatro anos e deu muito certo. A torre recebe pessoas exatamente na hora último trio elétrico sai da Barra. Foi uma forma também de ocupar o local com música alternativa para um público muito interessante. Chega a ficar 10 mil pessoas curtindo até 3h”, afirmou.
“Deu muito certo isso e pretendemos continuar nos próximos anos, dando espaço à musica eletrônica da mesma forma em que é dado ao reggae, ao hip-hop, ao rap, que tem na Arena Multicultural da Cruz Caída, ou o Palco do Rock, em Piatã”, acrescentou Edington.
Beco – Até esta terça (5), diversos DJs se apresentarão na Torre Eletrônica, entre eles Alexandre Schnitman, Selva, Sevenn, Alex Scazuzo, Sunroi e Aj Perez. Mas outro espaço que merece destaque é o Beco das Cores, tradicional reduto da comunidade LGBTQ, situado em uma das esquinas da Avenida Oceânica.
O logradouro recebe pelo quarto ano consecutivo uma programação alternativa à folia do Carnaval, com música eletrônica no intervalo dos trios, tornando o local uma verdadeira boate a céu aberto. “A cena eletrônica de Salvador vem crescendo bastante. Hoje temos mais DJs e também espaços diversos para tocar”, comemorou Santz. Até o último dia de folia, ele os DJs George Ferreira, Kairo San e Rafa Gouveia se apresentarão
Remix no trio – O grupo baiano Àttøøxxá também tem uma maratona de apresentações no Carnaval a cumprir, com desfiles sem cordas nos principais circuitos da festa. Raoni Torres, cantor do Àttøøxxá, convidou todos os foliões para ir à avenida e antecipa que o repertório que será tocado vai ser de muito “suingue e pegada da música baiana e internacional”.
“Queremos sempre agregar, independente se a pessoa seja da orla ou favela. Estamos sempre querendo extinguir comparações e fazer uma festa para todo mundo”, ressaltou o artista.
Foto_Alfredo Filho_SECOM