Os moradores de Caracas tentam retomar a rotina nesta segunda-feira (1) com uma jornada de trabalho de meio período por causa do racionamento de energia elétrica anunciado pelo governo de Nicolás Maduro, que mantém sem luz parte da capital da Venezuela e amplas regiões do país.
A capital registra apagões em algumas áreas do leste e do oeste, mas mantém aparente normalidade depois dos protestos ocorridos ontem por causa dos problemas no fornecimento de eletricidade e água.
O principal meio de transporte, o metrô, não está funcionando, por isso o Ministério dos Transporte colocou ônibus especiais em serviço.
No entanto, é possível observar um fluxo moderado de pessoas caminhando nas avenidas, enquanto alguns pontos de ônibus estão abarrotados de gente à espera de um veículo.
Segundo dados de fevereiro do Comando Intergremial de Transporte, que agrupa várias associações de empresas de transporte, pelo menos 90% dos 300 mil veículos que cobrem as diversas rotas do país estão “tecnicamente parados” devido ao alto custo de algumas peças de reposição e à falta de outras.
Nesta segunda-feira (1), as escolas não abriram por ordem do governo, mas algumas universidades privadas como a Universidade Católica Andrés Bello (UCAB) e a Monteávila decidiram manter suas atividades acadêmicas e administrativas.
Contudo, no interior do país, em regiões como Zulia (noroeste), Mérida (oeste), Anzoátegui (norte) e pelo menos outros dez estados, os moradores relataram falhas elétricas “intermitentes”, que presumem se tratar do racionamento aplicado pelo governo.
Na noite de ontem, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou o início de um plano de racionamento de energia elétrica por 30 dias, tempo em que espera resolver as falhas apresentadas pelo sistema desde 7 de março, quando teve início a sequência de apagões dos quais responsabiliza a oposição e os Estados Unidos.
Maduro não ofereceu detalhes sobre como o racionamento seria aplicado, mas pediu paciência e “resistência”.
Devido às falhas elétricas, o fornecimento de água também foi afetado e, segundo informou o governo Maduro, as autoridades trabalham para repor o serviço e atender as áreas mais afetadas com caminhões-pipa.
R7