Uma pesquisa científica mostrou uma ligação entre o consumo de carne vermelha e de carnes processadas, como bacon e linguiça, e a ocorrência de câncer colo retal (de intestino ou reto). O estudo foi feito no Reino Unido e levou em conta dados de 475 mil pessoas. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista International Journal of Epidemiology.
Os dados avaliados no estudo foram de pacientes entre 40 e 69 anos, ao longo de 5,7 anos, em média. Durante o período foram detectados 2.609 casos de câncer colo retal. O intuito dos cientistas, segundo a Folha de S. Paulo, era investigar se o consumo de alguns alimentos poderia estar relacionado ao surgimento da doença.
Os cientistas fizeram um alerta. Segundo eles, é difícil falar em causalidade, já que as causas do câncer podem ser as mais variadas, inclusive genéticas, mas é possível falar em correlação estatística. A favor do estudo está o grande número de casos, que dá peso à associação.
A pesquisa indicou que quanto maior o consumo de carne vermelha (bovina, ovina e suína, por exemplo) e de carnes processadas (salame, presunto, charque etc), maior a incidência de câncer colo retal.
Pelas contas dos pesquisadores, um consumo diário de carne vermelha e/ou processada de 76 gramas em comparação com um de 21 gramas está associado a um aumento de 20% na chance de desenvolver câncer colo retal.
A recomendação atual do NHS, serviço de saúde nacional do Reino Unido, sugere um consumo de até 90 gramas de carne vermelha e/ou processada como parte de uma dieta saudável. Os cientistas acreditam, tendo em vista o potencial benefício de uma redução, que essas recomendações antigas passem por revisões.
Bahia Notícias