Um estudo feito pela OMS/Europa mostra que a amamentação ajuda a combater a obesidade infantil. O estudo, realizado pela COSI/OMS (Iniciativa de Vigilância da Obesidade Infantil da OMS, na sigla em ingês) foi apresentado no Congresso Europeu sobre Obesidade realizado entre 28 de abril e 1º de maio em Glasgow, no Reino Unido.
De acordo com o estudo, que analisou os níveis de amamentação em 22 países do continente, crianças que foram amamentadas por pelo menos seis meses tiveram menos chance de desenvolver obesidade quando comparadas àquelas que nunca foram amamentadas ou que receberam leite materno por menos tempo.
A pesquisa afirma também que a amamentação é um fator de proteção ao desenvolvimento da obesidade e que, quanto mais tempo a criança é amamentada e quanto mais há exclusividade na amamentação, menores são os riscos da obesidade infantil.
“Quanto mais tempo uma criança é amamentada, maior sua proteção contra a obesidade. Esse conhecimento pode fortalecer nossos esforços na prevenção da obesidade. Atuando na obesidade infantil, incluindo a obesidade severa, pode ter grandes benefícios, não apenas para a saúde e bem-estar das crianças, mas também para os sistemas nacionais de saúde. Por isso devemos fazer todo o possível para promover e proteger a amamentação”, afirmou Bente Mikkelsen, diretor da Divisão de Doenças Não Transmissíveis da OMS/Europa por meio de nota.
Outro fator descoberto no estudo foi o de que bebês prematuros possuem maior chance de desenvolver obesidade quando comparados aos que nasceram aos nove meses de gestação.
Segundo o estudo, a taxa de amamentação na Europa está abaixo dos níveis recomendados pela OMS, que aconselha o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, quando a alimentação deve ser complementada com outros componentes nutricionais. A OMS ainda recomenda que o aleitamento materno seja contínuo até os dois anos de idade.
De acordo com a OMS, a obesidade severa em crianças está relacionada à impactos negativos de maneira imediata e a longo prazo, resultando em problemas de metabolismo e cardiovasculares ainda na infância.
R7