Os dados do TJES apontam ainda que atualmente existem 913 pretendentes habilitados para adoção. No entanto, muitos desafios atrapalham a efetividade nos processos de adoção, não só no Espírito Santo, como em todo o Brasil. Entre eles a incompatibilidade entre o perfil desejado pelos pretendentes e a realidade das crianças e adolescentes cadastrados, além da burocracia e morosidade dos processos de adoção, que demandam tempo e investimento financeiro.
De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do total de crianças e adolescentes disponíveis para adoção no país, 67,6% têm entre 7 e 17 anos, 55% têm irmãos e pelo menos cerca de 25% possuem algum problema de saúde. O psicólogo da Comissão Estadual Judiciária de Adoção, Helerson Elias da Silva, aponta que esses grupos são os que mais encontram dificuldades para conseguirem uma família.
“A maioria dessas crianças e adolescentes disponíveis ou são adolescentes mesmo ou são crianças, mas fazem parte de um grupo de irmãos, onde tem um irmão mais velho, ou dois ou três, ou tem alguma doença, alguma deficiência que deixa um pouco mais difícil a adoção deles. Esse perfil é o mais trabalhoso. Quando tem uma criança ou um bebê, ele rapidamente sai. Essas crianças maiores é que têm que ser o foco maior de nossa atenção”, ressaltou.
Neste sábado (25), é comemorado o Dia Nacional da Adoção. A data é um momento para lembrar da importância que é o acolhimento de crianças e adolescentes por novas famílias. Em todo o Brasil, segundo informações do CNA, mais de 12 mil adoções já foram realizadas. Além disso, atualmente o sistema possui mais de 45 mil interessados em adotar e cerca de 9 mil crianças e adolescentes à espera de uma nova família.
Acolhida
Quem teve a sorte de um dia ter sido acolhido em um novo lar foi o estudante Lucas Almeida Gomes, atualmente com 16 anos. Ele entrou para a família da empresária Soraya Liliane Ribeiro Almeira quando tinha apenas sete dias de vida.
“Realmente elas queriam que eu estivesse ali. Eu sou algo que complementou, algo que realmente trouxe mais felicidade. Eu vejo que me sinto acolhido e o quanto eu sou amado”, afirmou.
No entanto, para que Lucas pudesse ser recebido em sua família, Soraya precisou enfrentar um longo e desgastante processo de adoção. A empresária conta que esperou cerca de dois anos para receber a notícia de que poderia dar início ao processo. Além disso, ela ainda teve que esperar um pouco mais até conseguir a guarda definitiva do filho.
“Foi um processo muito demorado. Você espera, vai lá e nada, não chega o seu dia. Você sonha com esse dia. Você está querendo e começa a se preparar, mas o dia não chega. É muito difícil”, lembra.
No entanto, hoje ela afirma que valeu a pena enfrentar todo esse desgaste. “É tudo de bom. É muito amor que você recebe, é muito amor que você dá. E essa troca de amor só faz bem para a gente”, garantiu.
“Eu, por exemplo, chegava lá e não escolhia sexo, não escolhia nada. Eu queria o meu filho, porque eu acredito que é uma coisa de Deus. Eu acredito que aquele momento que o telefone toca e falam ‘o seu filho está aqui’ é o momento que eu estou lá na maternidade e meu filho saiu”, completou.
A empresária conta que, mesmo já tendo duas filhas biológicas, falou mais alto o desejo de adotar uma criança. “Eu sempre tive esse sonho. Tenho duas filhas biológicas e tinha muita vontade de adotar. Eu ia às vezes na casa de passagem e via crianças lá crescendo sem família. E aqui tinha amor sobrando e lugar sobrando para ter uma, duas ou mais crianças”, afirmou.
“Adoção é tudo para essas crianças. Quem já teve a oportunidade de visitar um abrigo vê o quanto elas pedem: ‘Você quer me adotar? Eu quero ter uma família’. Muda muito essas crianças. Crianças que, às vezes, estavam inquietas nos abrigos e se aquietam nas casas. Crianças, às vezes, que tinham alguma deficiência ou doença e têm uma melhora exponencial depois que são adotadas. Então adoção é quase um milagre que acontece com essas crianças e extremamente necessário, porque a gente precisa tirar essas crianças desses abrigos”, frisou o psicólogo.
R7
Os dados do TJES apontam ainda que atualmente existem 913 pretendentes habilitados para adoção. No entanto, muitos desafios atrapalham a efetividade nos processos de adoção, não só no Espírito Santo, como em todo o Brasil. Entre eles a incompatibilidade entre o perfil desejado pelos pretendentes e a realidade das crianças e adolescentes cadastrados, além da burocracia e morosidade dos processos de adoção, que demandam tempo e investimento financeiro.
De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do total de crianças e adolescentes disponíveis para adoção no país, 67,6% têm entre 7 e 17 anos, 55% têm irmãos e pelo menos cerca de 25% possuem algum problema de saúde. O psicólogo da Comissão Estadual Judiciária de Adoção, Helerson Elias da Silva, aponta que esses grupos são os que mais encontram dificuldades para conseguirem uma família.
“A maioria dessas crianças e adolescentes disponíveis ou são adolescentes mesmo ou são crianças, mas fazem parte de um grupo de irmãos, onde tem um irmão mais velho, ou dois ou três, ou tem alguma doença, alguma deficiência que deixa um pouco mais difícil a adoção deles. Esse perfil é o mais trabalhoso. Quando tem uma criança ou um bebê, ele rapidamente sai. Essas crianças maiores é que têm que ser o foco maior de nossa atenção”, ressaltou.
Neste sábado (25), é comemorado o Dia Nacional da Adoção. A data é um momento para lembrar da importância que é o acolhimento de crianças e adolescentes por novas famílias. Em todo o Brasil, segundo informações do CNA, mais de 12 mil adoções já foram realizadas. Além disso, atualmente o sistema possui mais de 45 mil interessados em adotar e cerca de 9 mil crianças e adolescentes à espera de uma nova família.
Acolhida
Quem teve a sorte de um dia ter sido acolhido em um novo lar foi o estudante Lucas Almeida Gomes, atualmente com 16 anos. Ele entrou para a família da empresária Soraya Liliane Ribeiro Almeira quando tinha apenas sete dias de vida.
“Realmente elas queriam que eu estivesse ali. Eu sou algo que complementou, algo que realmente trouxe mais felicidade. Eu vejo que me sinto acolhido e o quanto eu sou amado”, afirmou.
No entanto, para que Lucas pudesse ser recebido em sua família, Soraya precisou enfrentar um longo e desgastante processo de adoção. A empresária conta que esperou cerca de dois anos para receber a notícia de que poderia dar início ao processo. Além disso, ela ainda teve que esperar um pouco mais até conseguir a guarda definitiva do filho.
“Foi um processo muito demorado. Você espera, vai lá e nada, não chega o seu dia. Você sonha com esse dia. Você está querendo e começa a se preparar, mas o dia não chega. É muito difícil”, lembra.
No entanto, hoje ela afirma que valeu a pena enfrentar todo esse desgaste. “É tudo de bom. É muito amor que você recebe, é muito amor que você dá. E essa troca de amor só faz bem para a gente”, garantiu.
“Eu, por exemplo, chegava lá e não escolhia sexo, não escolhia nada. Eu queria o meu filho, porque eu acredito que é uma coisa de Deus. Eu acredito que aquele momento que o telefone toca e falam ‘o seu filho está aqui’ é o momento que eu estou lá na maternidade e meu filho saiu”, completou.
A empresária conta que, mesmo já tendo duas filhas biológicas, falou mais alto o desejo de adotar uma criança. “Eu sempre tive esse sonho. Tenho duas filhas biológicas e tinha muita vontade de adotar. Eu ia às vezes na casa de passagem e via crianças lá crescendo sem família. E aqui tinha amor sobrando e lugar sobrando para ter uma, duas ou mais crianças”, afirmou.
“Adoção é tudo para essas crianças. Quem já teve a oportunidade de visitar um abrigo vê o quanto elas pedem: ‘Você quer me adotar? Eu quero ter uma família’. Muda muito essas crianças. Crianças que, às vezes, estavam inquietas nos abrigos e se aquietam nas casas. Crianças, às vezes, que tinham alguma deficiência ou doença e têm uma melhora exponencial depois que são adotadas. Então adoção é quase um milagre que acontece com essas crianças e extremamente necessário, porque a gente precisa tirar essas crianças desses abrigos”, frisou o psicólogo.
R7